Batalha dos ‘professores’

Técnicos de Atlético, Cruzeiro e América buscam conquista inédita no Mineiro

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
15/01/2018 às 20:02.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:46

“Estadual só serve para derrubar treinador”. Quem nunca ouviu a afirmação, especialmente nos últimos anos, em que as competições nacionais e internacionais passaram a ter maior peso no calendário dos times da Série A? Para muitos, vencer a disputa não é mais do que obrigação e qualquer outro resultado sinônimo de fracasso. 

É bem verdade que o charme dos tempos românticos ficou para trás, que em alguns momentos a ordem é poupar jogadores e apostar em times alternativos, mas Atlético, Cruzeiro e América iniciam 2018 com a volta olímpica dia 8 de abril nos planos. 

E mais do que o desejo de passar incólumes pela disputa que começa quarta-feira, seus treinadores têm a chance de acrescentar uma conquista inédita ao currículo, nos três casos, de bastante respeito.
 
SOBREVIVENTE
Do trio, o único que sobreviveu ao campeonato de 2017 foi Enderson Moreira, na esteira do ótimo trabalho feito na reta final do Brasileiro do ano anterior, que pode não ter sido suficiente para evitar a queda à Série B, mas lançou as bases para a campanha do bicampeonato e do retorno à elite. 

Se entrava em campo na condição de último campeão (com Givanildo Oliveira à frente), o Coelho acabou superado pelo Cruzeiro nas semifinais, depois de uma primeira fase apenas discreta (levou a melhor sobre a URT na definição do terceiro lugar apenas no saldo de gols). Felizmente a diretoria soube ter paciência e não se deixou levar pela tentação de mexer no comando.

Enderson conquistou dois estaduais, ambos pelo Goiás. Chegou a comandar Santos e Internacional nos anos em que o Peixe e o Colorado se tornariam os melhores de São Paulo e Rio Grande do Sul, mas não resistiu até o fim das campanhas.
 
‘ESTREANTES’
Para Mano Menezes, trata-se do primeiro Mineiro – em 2015, o gaúcho de Passo do Sobrado chegou já para a disputa do Brasileiro, no lugar de Vanderlei Luxemburgo. Fazer bonito em estaduais, no entanto, não é novidade no currículo do ex-técnico da Seleção Brasileira, que ganhou projeção nacional justamente graças ao trabalho no modesto Caxias, de onde saiu para o Grêmio. 

Num intervalo de apenas quatro anos, ele levantou o troféu de campeão estadual três vezes – 2006 e 2007, com o tricolor gaúcho, e 2009, com o Corinthians. Desde então, prossegue o jejum, o que não é o caso quando o assunto é a Copa do Brasil, vencida três vezes.

Estreia também para o mais experiente e vencedor dos três. Oswaldo de Oliveira disputa o primeiro estadual em Minas depois de uma trajetória que inclui o Mundial de Clubes de 2000, o tricampeonato da J-League (Japão) e dois títulos brasileiros. Ele tem recentes lembranças de iniciar uma temporada como campeão: em 2013, levou o Botafogo a conquistar o carioca. Em 2006, ele comandou o Cruzeiro, mas apenas no Brasileiro.

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