O Galo fechou o turno do Campeonato Brasileiro deste ano como o clube que mais perdeu. São 12 derrotas, um número que impressiona. O futebol apresentado em campo é tão ruim que, em apenas 19 jogos, o time já tem um número de resultados negativos próximo do que atingiu em outras quatro campanhas completas da era dos pontos corridos.
A comparação que mais chama atenção é com 2003. O campeonato daquele ano era disputado por 24 clubes e, consequentemente, tinha 46 rodadas – atualmente são 38. A campanha total foi de apenas 12 derrotas, em turno e returno.
Em 2007, quando já não houve grande futebol e boas lembranças, foram apenas 13 derrotas no Brasileirão. Os anos de 2008 e 2009 reservaram 14 revés para o clube em toda a competição. Nos últimos três casos, o campeonato já era disputado com 20 clubes e 38 jogos.
MEDO DE CAIR É REAL
O discurso de que ainda falta um turno completo para ser disputado pode ser um pouco confortante, já que há tempo para reação. Contudo, o perigo de voltar para a Série B, após o vexame de 2005, é real.
Nos últimos anos, alguns clubes caíram com um número próximo de derrotas do que o Galo tem atualmente. Foi o caso do Vitória, no ano passado, com 14 revés. Com o mesmo número, foi rebaixado o Corinthians em 2007. Com 16 derrotas, Figueirense e Fortaleza foram para a Série B em 2008 e 2006, respectivamente.
No comando do Atlético há seis partidas, o técnico Cuca ainda não sentiu o gosto da vitória. São seis derrotas seguidas. Diante dessa situação, o treinador não escondeu a insatisfação com a falta de resultados.
- Estou muito descontente comigo mesmo em cima dos resultados. Por mais dura que seja a tabela, porque tivemos jogo lá em Curitiba, que é pedreira, contra o Corinthians, em casa, que é pedreira, fora com Botafogo, é pedreira, e clássico também é pedreira. Foram esses os quatro jogos do Brasileiro, tirando a Sul-Americana. Perdemos, jogamos alguns jogos bons, outros ruins. tacou que o Atlético ainda precisa de algumas contratações.
- Tínhamos um grupo inchado, tive que dar uma mexida e isso é ruim para o treinador. Ainda temos alguma carência. O Serginho joga na lateral direita por improviso. A gente tem essa necessidade. No nosso meio, a criação tem que existir, mas junto com a chegada na frente. E a gente tem que melhorar nisso. Se não descobrir dentro do elenco, também temos que ir atrás. Estamos atrasados em relação às outras equipes, que já estão prontas, mas é a nossa realidade.
O treinador lamentou também, o fato de ter chegado ao Atlético com o campeonato já está em andamento.
- A gente pega um trabalho em andamento, não é fácil. O ideal, para a gente que gosta de montar, é entrar no princípio, ter a montagem e a fazer como a gente imagina. Quando se entra no decorrer de um trabalho, você tem que trabalhar de acordo com o que você tem e não do que você pensa de futebol. E é assim que estamos fazendo.