O confronto direto entre Cruzeiro e Racing pela Copa Libertadores, às 21h30 de hoje, será de emoções paradoxais para o meia-atacante Arrascaeta e para a torcida celeste.
Se por um lado contará com um de seus jogadores mais decisivos nos últimos anos, por outro, a Raposa poderá ver pela última vez o armador em campo com o uniforme azul.
Pré-convocado para disputar a Copa do Mundo pela seleção do Uruguai, o camisa 10 está liberado para o duelo no Mineirão. O embate vale a liderança do Grupo 5 e, consequentemente, a vantagem do mando no jogo da volta pelas oitavas de final do torneio (veja a classificação competa ao lado).
Segundo as regras da Fifa, os atletas selecionados para o Mundial da Rússia só poderiam defender seus clubes até o dia 20 de maio. A Conmebol, porém, interveio e teve o pedido atendido para a última rodada da competição sul-americana.
Após a partida, Arrascaeta deverá se apresentar ao técnico Óscar Tabárez, desfalcando assim o Cruzeiro nos compromissos contra Santos, Palmeiras, Ceará, Vasco, Chapecoense e Paraná antes da pausa no Campeonato Brasileiro para a Copa.
MERCADO
A baixa idade, o bom desempenho na Raposa e a presença no Mundial fazem do uruguaio um jogador cobiçado no mercado e alimentam as esperanças do clube em encher os cofres na janela de transferências, aberta até o fim de agosto nas principais ligas da Europa.
O meia de 23 anos está no radar de times como Monaco (França), Wolverhampton (Inglaterra) e Villareal (Espanha). E as possíveis boas atuações com a Celeste Olímpica abririam ainda mais o leque de interessados.
Contratado em 2015 após boa campanha na Copa Libertadores do ano anterior pelo Defensor Sporting, o camisa 10 já é o atleta estrangeiro com mais partidas realizadas pelo Cruzeiro e o terceiro maior artilheiro gringo na história do clube.
Na última temporada, ele teve participação efetiva na conquista da Copa do Brasil, tendo disputado dez dos 14 jogos e balançado as redes três vezes (contra São Francisco-PA, na segunda fase, e Flamengo, no jogo de ida da final). E, neste ano, foi fundamental na conquista do Campeonato Mineiro, com um gol em cada um dos clássicos da decisão contra o Atlético.