Apresentação em palco raro

Contra a Chapecoense, show leva a Raposa a mandar partida no Independência

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
18/10/2018 às 07:15.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:18
 (PEDRO VILELA/LIGHT PRESS/CRUZEIRO)

(PEDRO VILELA/LIGHT PRESS/CRUZEIRO)

Depois que o Mineirão foi reinaugurado, em fevereiro de 2013, o Cruzeiro disputou apenas três partidas como mandante no Independência, local do confronto com a Chapecoense, no próximo domingo, às 19h, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Apesar do pouco número de jogos, todos eles são muito significativos na história recente do clube, que deixa sua casa porque no mesmo dia ela receberá um show do baixista Roger Waters (do Pink Floyd), em turnê pelo Brasil.

Em 26 de maio de 2013, com o Gigante da Pampulha já entregue à Fifa, que preparava o estádio para ser uma das sedes da Copa das Confederações, o Cruzeiro fez sua estreia no Brasileirão daquele ano recebendo o Goiás.

Sim, a caminhada do bicampeonato brasileiro começou no Independência. E de forma arrasadora, pois com gols de Diego Souza, Bruno Rodrigo, Nilton (2) e Borges, o time de Marcelo Oliveira fez 5 a 0 no Goiás, primeira vítima daquela equipe que marcou época na história do clube.

Depois de mais de três anos, a realização da Olimpíada no Brasil, com o Mineirão sendo uma das sedes do futebol feminino e masculino, voltou a desalojar a Raposa, que recorreu ao Independência para duas partidas, num momento bem diferente ao de 2013, pois a briga era para se distanciar da zona de rebaixamento.
 
HAT-TRICK
Essas duas partidas, contra Internacional e Coritiba, respectivamente, foram bem no início da segunda passagem de Mano Menezes pela Toca da Raposa II, depois de uma experiência frustrada do treinador no futebol chinês.

Em 4 de agosto de 2016, o Cruzeiro fez 4 a 2, de virada, num Internacional comandado por Paulo Roberto Falcão e que vivia uma grande crise – sofreu o primeiro rebaixamento da sua história no Campeonato Brasileiro.

Esta partida ficou marcada pela grande atuação da dupla de ataque recém-chegada ao clube e que era formada por Rafael Sóbis e pelo argentino Ramón Ábila.

Sóbis marcou três gols, fazendo valer como nunca a lei do ex, pois foi revelado no Internacional, e não só levou a bola do jogo para casa (a CBF premia os jogadores que fazem um hat-trick nas partidas das suas competições), como também todos os prêmios de melhor em campo.

Além disso, Ábila, hoje no Boca Juniors, da Argentina, marcou aquele que foi com certeza seu gol mais bonito com a camisa do Cruzeiro, completando um cruzamento de Arrascaeta com um chutaço, de primeira, num lance em que a bola ainda bateu na trave antes de entrar na meta de Marcelo Lomba.
 
CONTUSÃO
Dez dias depois, o Cruzeiro voltava ao Independência para um confronto direto contra o rebaixamento diante do Coritiba. E essa partida (2 a 2) ficou marcada pela grave lesão sofrida pelo goleiro Fábio, ainda no primeiro tempo, aos nove minutos, numa disputa com o atacante turco Kazim. Ele sofreu uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito.

Com seu reserva imediato Rafael ainda se recuperando de uma fratura no quarto dedo da mão direita, Fábio, que ainda ficou em campo por um período e sofreu os dois gols do Coritiba por já estar sem condições de atuar, deu lugar na segunda etapa ao então garoto Lucas França, promessa da base cruzeirense e que atualmente está emprestado ao Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal, para que possa jogar.

Esta lesão tirou Fábio dos gramados por oito meses, período em que Rafael foi titular do gol cruzeirense e chegou até mesmo a dividir a torcida no momento da volta do titular, pois o camisa 12 mostrou muitas segurança e qualidade no gol cruzeirense.
 

  

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