Ao contrário da final de 1977, São Paulo aposta na base contra Galo forasteiro

Alexandre Simões
@oalexsimoes
16/12/2020 às 08:39.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:19
 (pedro souza/agência galo/atlético)

(pedro souza/agência galo/atlético)

São Paulo e Atlético disputam nesta quarta-feira, às 21h30, no Morumbi, o jogo mais importante entre eles pelo Campeonato Brasileiro desde a decisão do título de 1977, realizada em 5 de março de 1978, em partida única, no Mineirão. E quase quatro décadas depois, o perfil dos dois times se inverteu, no que se refere à utilização de jogadores revelados nas categorias de base.

Na “final” desta quarta-feira, o técnico Jorge Sampaoli pode ter, no máximo, um atleta revelado na Cidade do Galo em seu time, o zagueiro Gabriel, cotado para ser o substituto do suspenso Réver. O que o credencia é a boa atuação na vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, no último sábado, na Arena da Baixada.

No mais, nem mesmo nas substituições se vê a possibilidade de alguma outra cria alvinegra participar do confronto, pois os mais usados, os atacantes Marquinhos e Sávio, perderam espaço com o treinador argentino.

Na decisão do Brasileirão de 1978, a situação era bem diferente. O técnico Barbatana, cria alvinegra, usou 13 jogadores naquela tarde chuvosa de 5 de março de 1978. Oito tinham sido revelados pelo Atlético: João Leite (goleiro), Alves (lateral), Márcio e Vantuir (zagueiros), Toninho Cerezo (volante) e Marcelo e Paulo Isidoro (meias).

Só não eram crias alvinegras o lateral-esquerdo Valdemir, os pontos Serginho e Ziza e os centroavantes Caio Cambalhota e Joãozinho Paulista, que só foram usados porque Reinaldo, maior revelação da história atleticana, estava suspenso.
 
OUTRO LADO
No confronto desta quarta-feira, Fernando Diniz terá quatro jogadores formados em Cotia, centro de treinamento da base são-paulina, em campo: Luan (volante), Gabriel Sara e Igor Gomes (meias) e Brenner (atacante). Além disso, estarão no banco, e são utilizados sempre, Igor Vinícius (lateral), Diego Costa (zagueiro), Rodrigo Nestor (volante), Toró (atacante) e até o veterano Hernanes, que foi criado no clube.

Já na decisão do Campeonato Brasileiro de 1977, o badalado treinador Rubens Minelli, que tinha levado o Internacional ao bicampeonato em sequência nos dois anos anteriores, usou apenas dois atletas vindos da base do São Paulo entre os 13 escalados: os atacantes Viana e Zé Sérgio.

O interessante é que aquele tricolor campeão brasileiro tinha também dois jogadores criados no Galo, os laterais Getúlio e Antenor. No mais, eram muitas revelações de clubes do interior paulista, como Waldir Peres (Ponte Preta), Tecão (Noroeste), Bezerra (Guarani), Chicão (XV de Piracicaba), Teodoro (Ferroviária) e Mirandinha (América de São José do Rio Preto). O centroavante Neca foi revelado no Rio Grande-SP, e o ponta de lança Dario Pereyra no Nacional, do Uruguai.

Na decisão desta quarta-feira, quando vencer é fundamental para o time de Sampaoli na briga pelo título do Brasileirão, tudo o que o atleticano espera é que os santos de casa tricolores não façam milagres, e que o Morumbi seja uma casa de ferreiro, com espeto de pau.

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