Aniversariante do dia, Cazares terá comemoração discreta devido à pandemia

Henrique André
@ohenriqueandre
03/04/2020 às 00:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:10
 (Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

(Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

A sexta-feira será diferente na vida do equatoriano Cazares, meia do Atlético. Hoje, o jogador completa 28 anos e, ao contrário de outros aniversários, não poderá reunir família e amigos para assoprar as velinhas; tudo devido à pandemia do novo coronavírus.

No alvinegro desde 2016, quando chegou ao Brasil contratado junto ao Banfield, da Argentina, o camisa 10 acumula números importantes e também convive quase diariamente com as cobranças de parte de imprensa e torcida, pois para muitas pessoas, ele tem capacidade de entregar mais ao Galo.

Colecionando momentos bons e ruins com a camisa preta e branca, Cazares soma 205 partidas e 41 gols, um a menos que o argentino Lucas Pratto, estrangeiro com mais tentos anotados pelo clube.

Habilidoso e arisco, o equatoriano também faz juz à fama de “garçom” dos atacantes. Até o momento, foram 45 assistências.

Com o vínculo se encerrando no final da temporada, o meia recebeu propostas do mundo árabe há pouco tempo, mas acabou permanecendo, já que a diretoria considerou baixa a oferta gringa. Em 2020, inclusive, ele fez apenas um jogo e esteve em grande parte do tempo no departamento médico.

Assim que recebeu a proposta, o jogador chegou a dizer que precisava respirar novos ares e pensar no futuro dos filhos. Os dólares, naquele momento, mexeram com a cabeça do filho de dona Fanny. 
 
OSCILAÇÕES
Em entrevista recente à Rádio da Massa o presidente Sérgio Sette Câmara destacou a importância do equatoriano para o clube, mas chegou a dizer que, infelizmente, “ele só joga quando quer”. Algumas atitudes extracampo corroboram para que a opinião pública, algumas vezes, coloque em xeque o profissionalismo do meio-campista.

Querido no elenco e conhecido pelas piadas e bom humor, Cazares terá nova chance com Jorge Sampaoli. Abrir mão de um dinheiro para negociá-lo e optar pelo “ganho esportivo”, foi a estratégia do clube para tê-lo, pelo menos, até dezembro. A renovação, inclusive, já é especulada nos bastidores.

Para Rui Costa, ex-diretor de futebol do Atlético, que acabou demitido e substituído por Alexandre Mattos, é preciso conhecer mais o lado pessoal de Cazares; coisa que ele disse ter tido a oportunidade neste período em que conviveram.

“Convivi um ano com o Cazares e vivi um momento muito delicado, naquela situação que se fez um pré-julgamento muito precipitado sobre ele, naquela festa em que ele foi parar na delegacia. Foi um momento muito duro. Seria talvez mais cômodo crucificá-lo, mas fiz o contrário. Depois provou-se a inocência. Conheci um lado humano dele”, destacou Rui ao jornalista Jorge Nicola.

“Quando está focado e entende que tem de assumir compromissos para jogar em alto nível, todos os momentos em que renunciou de prazeres, mostrou ser grande jogador. Penso que vale a permanência dele no Atlético, pelo menos enquanto estava lá. Não foi vendido pelos valores e pelo ganho esportivo que pode dar até o fim do ano”, finalizou.


 

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