América tem mais uma escrita para quebrar diante do Atlético no jogo de volta das semifinais

Alexandre Simões
@oalexsimoes
05/08/2020 às 01:26.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:12
 (Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

(Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Vencer o Atlético em mata-matas válidos pelo Campeonato Mineiro não é um problema para o América e os dois títulos mineiros do clube neste século (2001 e 2016) foram conquistados justamente em cima do rival centenário. Mas quando se trata de confrontos em que o Coelho precisa vencer o jogo de volta do confronto, aí o Galo se transforma em pedra no sapato. Superar essa escrita é a única maneira de o time de Lisca decidir o Estadual, pois a derrota de 2 a 1, no último domingo, no Mineirão, obriga a equipe americana a ganhar, por qualquer placar, nesta quarta-feira, às 21h30, no Independência.

O Campeonato Mineiro passou a ter mata-matas com regularidade a partir de 1997. Antes eles aconteceram, mas não com tanta frequência. As duas únicas edições, desde então, que não tiveram este tipo de confronto, foram 2002, que foi por pontos corridos e apenas com clubes do interior, e 2003, que usou o mesmo sistema.

Desde 1997, o América entrou em desvantagem num jogo de volta de um confronto de mata-mata contra o Atlético em seis oportunidades. E não conseguiu levar a melhor sobre o rival em nenhuma delas.

Sequência

Na semifinal do Estadual de 1998 começa a série de seis mata-matas entre os os dois clubes em que o América não consegue no jogo de volta superar o Atlético, que venceu a ida por 3 a 2, e a volta por 3 a 1.

Essa situação aconteceu com mais frequência nos últimos dez anos. Antes dela ter início, eles decidiram o Módulo I em 1999 e 2001. O América venceu o primeiro jogo nas duas primeiras finais, perdendo o primeiro título e ganhando o segundo.

Em 2010, dois empates (3 a 3 e 2 a 2) deram a vaga nas semifinais ao Atlético, que jogava por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.
Esta situação de precisar vencer a volta por apenas um gol, como na próxima quarta-feira, o América voltou a viver diante do Galo na final de 2012 e nas semifinais de 2018, mas nas duas oportunidades foi derrotado pelo rival.

Vaga difícil

Além de 1998, quando precisava vencer a volta das semifinais por dois gols de diferença, pois o Atlético jogava em vantagem, o América viveu a situação de precisar de mais de um gol de diferença na segunda partida de um mata-mata contra o Galo por duas vezes.

Nas semifinais de 2011, a derrota por 3 a 1 no primeiro confronto deixou o Coelho precisando vencer por pelo menos três gols de vantagem na volta. Em 2014, na mesma fase, a situação americana foi ainda pior, pois foi goleado no primeiro jogo por 4 a 1, numa série em que o rival jogava por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.

O desafio está lançado, e o América, que ainda não venceu o Galo em 2020, seja em jogos oficiais ou em treinos, só manterá o sonho do título mineiro da temporada se quebrar a escrita de não virar mata-matas contra o rival no Estadual.

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