As irmãs Anny Gabrielly e Maya Eduarda, alunas do 9º e 6º anos do ensino fundamental do Colégio Indyu, respectivamente, subiram ao pódio no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu na última semana. Anny levou a prata e Maya, o bronze.

É a segunda vez que elas participam do Brasileiro de Jiu-Jitsu e repetem a colocação anterior. Conhecidas como “Irmãs Leoas”, elas dividem o tempo entre estudo, treinamento e disputa de campeonatos.

O desafio que elas enfrentaram é considerado um dos mais difíceis, de acordo com o treinador Alan Fernandes, da Academia Alan Fernandes Team, que leciona Jiu-Jitsu há cerca de dez anos.

Segundo ele, o campeonato brasileiro é apontado como o mais difícil, em todo o mundo, para se conquistar o pódio. “Temos o mundial na Califórnia, mas a essência do Jiu-Jitsu é brasileira, e como os maiores competidores estão no Brasil, se torna uma competição mais difícil em nosso país”, explica.

Alan ressalta que muitos lutadores não conseguem disputar um campeonato fora por causa do alto custo, da falta de patrocinadores e também da dificuldade de conseguir o visto.

“Além das irmãs Anny e Maya, mais dois de nossos alunos conquistaram medalha no último Brasileiro, o que nos deixa felizes e gratos pelo trabalho desenvolvido com nossos atletas”, conta.
 
EXPERIÊNCIA
Anny e Maya conciliam o estudo no Colégio Indyu com os treinos de Jiu-Jitsu. Há cerca de três anos elas vêm disputando nas categorias de base e grandes campeonatos brasileiros.

“Foi uma experiência maravilhosa mais uma vez participar de um campeonato tão grande, onde sempre aprendemos algo novo. E o meu maior sonho é ir disputar fora do país. Vou continuar nos treinos para logo trazer o ouro para casa. É muito bom representar minha cidade”, diz Anny. 

Maya conta que a experiência é incrível. “Lutar com pessoas diferentes das que a gente treina é uma grande experiência. É a segunda vez que disputo o Brasileiro e me sinto feliz e realizada”.

Sempre valorizando a prática de esportes, o Colégio Indyu, por meio da coordenação e direção, fica muito feliz com o resultado que os estudantes apresentam.

“Sabemos da importância que é a parceria entre escola/família para que o adolescente não deixe de lado os estudos para viver somente o sonho do esporte. Por isso, contamos com essa parceria entre apoio pedagógico, educandos e os responsáveis sempre alinhando os objetivos para que nossos alunos se saiam bem nas duas modalidades”, afirma a diretora do Indyu, Gabrielle Mourão. 
 
OUTROS VENCEDORES
Além das irmãs, mais dois montes-clarenses subiram ao pódio no Brasileiro 2022. A atleta Carol Oliveira conquistou medalha de prata. Ela é única faixa preta do Norte de Minas que compete na modalidade há mais de oito anos, com vários títulos.

O atleta Breno Mateus Souza Silva, de 13 anos, que estreou no campeonato, conquistou medalha de bronze. 

Para Alan Fernandes, esses resultados positivos são uma grande vitória e superação gigante dos atletas, pois a falta de apoio a eles é muito grande. “Às vezes, chega ser humilhante para conseguir um patrocínio. Vejo a luta dos pais das meninas em conseguir algo. Trabalhamos com atletas de classe baixa, alunos com uma condição financeira bem menor e que dependem mesmo de patrocínio e apoiadores”, diz.

“Mesmo com todo desafio, é muito gratificante chegar até aqui, pois sabemos que o Norte de Minas possui mais de cem academias de Jiu-Jitsu e ver o esforço e dificuldades que nossos atletas passam e ainda conseguem disputar e trazer a medalha para casa, é algo gratificante”, finaliza Alan.

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