Acabou a espera

Estadual começa como aquecimento para os grandes clubes e desafio para os pequenos

Rodrigo Gini
19/01/2019 às 07:14.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:07

Tem quem critique, considere ultrapassado ou ache que não combina com os tempos atuais, mas tradição é tradição. No caso, de mais de um século lutando pela hegemonia nos gramados mineiros.

Para América, Atlético e Cruzeiro, é uma disputa que sempre começa com tom de obrigação, além de um primeiro teste antes de desafios ainda mais ambiciosos – Copa Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

Para os clubes do interior, oportunidade de mostrar seu trabalho, revelar atletas e, quem sabe, sonhar com voos mais altos, como a Copa do Brasil e seus prêmios milionários ou a Série D. As diferenças de orçamento são significativas, mas sonhar não é proibido. Ainda mais depois da mudança adotada ano passado, quando a Federação Mineira, a pedido dos clubes, adotou um confronto de quartas de final.

Especialmente num começo de temporada, o tradicional período das “pernas pesadas” e do entrosamento longe do ideal, não é incomum a zebra aparecer e influir no desfecho do campeonato até a grande final, nos dias 14 e 21. Como se não bastasse, os outros desafios desse começo de ano podem levar os favoritos a poupar titulares.

Os grandes da capital entram no Estadual com os mesmos treinadores que terminaram 2018, mas muitas mexidas. O Cruzeiro, atual campeão, perdeu um dos principais personagens do título, o uruguaio De Arrascaeta, que se transferiu em meio a polêmica para o Flamengo. E os esperados Rodriguinho e Marquinhos Gabriel, se efetivamente contratados, não entrarão em campo nas primeiras rodadas. Se a base de Mano Menezes (que conquistou seu primeiro Mineiro)foi mantida, Thiago Neves, que se recupera de contusão, é ausência certa na estreia de amanhã, contra o Guarani, em Divinópolis.

O vice-campeão Atlético investiu pesado para trazer Igor Rabello e reforça a zaga também com um velho conhecido: Réver, capitão na conquista da Libertadores de 2013. Vinícius, Maicon Bolt e Papagaio chegam para proporcionar novas opções ofensivas a Levir Culpi, que sabe bem o que é dar a volta olímpica no Mineirão – em 1995, 2007 e 2015 no alvinegro de Lourdes; em 1996 e 1998 no principal rival.

No América, a ordem é reconstrução depois do retorno à Série B do Brasileiro, com mais de um time de saídas e quase um de chegadas. Uma tarefa à altura da experiência do ‘professor’ Givanildo Oliveira, que também tem Mineiro no currículo (2016).
 
CONHECIDOS
Dentro de suas possibilidades, os clubes do interior se reforçaram com promessas e nomes conhecidos. O Villa Nova trouxe de volta o volante Roger Bernardo (ex-Atlético) e conta com o promissor goleiro Georgemy (Seleção de base pelo Cruzeiro). Na Tombense, de Ricardo Drubscky, o rodado meia Juan (ex-Flamengo, Fluminense e São Paulo). Gladstone, Reis (URT); Ademílson, Leo Salino (Tupynambás); Renan Rocha (Boa); Aislan (Tupi) e Éwerthon Maradona (Guarani) também pintam entre os destaques.


 

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