A trinca de Ceni

Marquinhos Gabriel, Pedro Rocha e David têm que se “explicar” hoje

Thiago Prata
Publicado em 04/09/2019 às 09:35.Atualizado em 05/09/2021 às 20:24.
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)
(Bruno Haddad/Cruzeiro)

Três jogos, duas vitórias e um empate. Nove pontos disputados, sete conquistados. O início da Era Rogério Ceni no Cruzeiro é positivo, sem dúvida. E poderia ter sido até melhor, se não fosse aquele gol sofrido na bacia das almas, no empate em 1 a 1 com o CSA. Além da recuperação no Brasileiro, o treinador recolocou o sorriso no semblante do torcedor e a moral do time lá em cima. 

O próximo passo é uma obsessão: manter viva a chance de ser campeão da Copa do Brasil, título que o ex-são-paulino não detém, mas que espera acrescentar em seu currículo ainda em 2019, como comandante celeste.

Para isso, precisa de um “milagre”: vencer o Internacional, hoje, às 21h30, no Beira-Rio, na partida de volta das semifinais do torneio. Se o triunfo for por dois ou mais gols de diferença, o time celeste crava um lugar na final. Se for por um de saldo, leva a decisão da vaga para a disputa de pênaltis.

Difícil é, impossível, não! Só que será necessário que o trio ofensivo, formado por Pedro Rocha, Marquinhos Gabriel e David, os “xodós” de Ceni, estejam numa noite iluminada. É dos pés dessa trinca que o Cruzeiro aposta suas fichas na luta pelo tri consecutivo da competição.

Desde que chegou à Toca II, o treinador deixou claro que a ordem era colocar a Raposa para frente, ofensiva e agressiva, honrando as tradições do clube. Tanto que investiu em formações com apenas um volante de ofício e três avantes rápidos e habilidosos – salvo o jogo contra o CSA, no Rei Pelé, em que Rocha teve um mal-estar no aquecimento e desfalcou a equipe de última hora. O ápice, até agora, foi a vitória por 2 a 0 sobre o Santos. Porém, nem sempre o trio esteve endiabrado.
 
INSTABILIDADE
A bem da verdade é que a irregularidade tem predominado dentro de campo. Com David, principalmente. Você sabe quando foi a última vez que ele balançou as redes? Faz cinco meses e meio, contra a Caldense, em 20 de março, ainda pelo Campeonato Mineiro. Ou seja, em competições do nível da Copa do Brasil e do Brasileiro, ainda não desencantou. 

O aproveitamento de Marquinhos Gabriel e Pedro Rocha, em números, também deixa a desejar. Cada um deles estufou as redes apenas quatro vezes na temporada. Só que Rocha fez este número de gols em 20 partidas disputadas, enquanto Marquinhos fez a mesma quantidade de tentos em mais embates realizados: 34.

Como o Cruzeiro precisa de gols – ou um gol –, Ceni deverá manter a estratégia com três velocistas. Caso abra mão de um deles, fará uso de uma referência de área – sendo Fred o favorito nessa hipótese. Como enfatizava Adilson Batista: “Vamos aguardar”.

RETROSPECTO
Cruzeiro e Internacional protagonizam uma das maiores rivalidades do futebol nacional. E isso se traduz nos números. Em 83 partidas envolvendo os dois times, houve 29 vitórias do time celeste, contra 31 do Colorado, além de 23 empates.

O equilíbrio também se faz presente no número de gols: os celestes marcaram 105 tentos, um a menos que os gaúchos.

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