A incógnita Cazares

Meia-atacante tem bons números, mas acumula atuações apagadas no Atlético

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
18/10/2018 às 07:11.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:18
 (BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

(BRUNO CANTINI/ATLÉTICO)

A frieza das estatísticas pode esconder as gélidas participações que o meia-atacante Cazares acumula no Atlético. Ou seria o contrário? Em 2018, o camisa 10 do clube está perto de fechar a terceira temporada seguida no Galo, sem grandes conquistas, bons números, atuações duvidosas e uma passagem marcada pela incerteza.

O talento do principal armador do Atlético é visto nas 10 assistências já distribuídas neste ano. É o principal garçom do clube em 2018, indo para o segundo título no quesito, uma vez que foram nada mais, nada menos do que 17 passes para gol em 2017. Diante do América, entretanto, faltou inspiração ao equatoriano de 26 anos para furar o bloqueio do Coelho. Performance apagada, entre outras já somadas por ele no Campeonato Brasileiro.

Jogador de poucas palavras, até os pensamentos de Cazares são guardados numa redoma de mistérios. Só conversa em coletivas de imprensa. O papel de protagonista parece fugir de seus pés. Uma frieza moldada também em uma adaptação ao futebol brasileiro que lhe apresentou sete técnicos diferentes em três anos.

“Pressão eu não sinto. No campo jogamos 11 contra 11. E quem jogar melhor fará o gol e ganhará a partida. Para mim não tem essa pressão. É quem está mais concentrado que faz os gols e tira a vitória”, afirmou o armador, ao ser perguntado sobre quais os estádios do país que causam mais incômodo nos atletas devido à atmosfera das arquibancadas.
 
CICLO
Juan Cazares quase viu seu ciclo no Atlético interromper. Estava praticamente negociado com o Mundo Árabe na época da Copa. A transferência para o Al Hilal da Arábia Saudita. Um empréstimo que renderia quase R$ 6 milhões ao Galo. Melou, e o jogador perdeu os três primeiros jogos pós-Copa do Galo (Grêmio, Palmeiras e Paraná).

Depois, virou reserva e vivenciou outro ciclo: se destacava no segundo tempo, entrando ao longo das partidas, para virar titular no outro jogo e ter a estrela sem brilhar outra vez.

No Brasileirão, Cazares soma 22 jogos em 29 possíveis, com quatro gols marcados e cinco assistências. Ele chegou a ficar sete jogos de jejum de participações diretas a gol na competição. Mas teve boa apresentação diante do Sport, com um combo inédito no ano: gol e assistência.

Perdeu o duelo contra a Chapecoense, por problema de fadiga muscular e praticamente não incomodou o América no clássico sem gols da última rodada.

A nova chance de aparecer será contra o Fluminense, quando completará 145 jogos pelo Atlético, com 26 gols, o que o deixa com folga na vice-liderança entre os artilheiros-estrangeiros da história alvinegra, atrás apenas do argentino Lucas Pratto (42), hoje no River Plate-ARG.

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