A conta não fecha: já faltam datas para terminar calendário 2020 até 23 de dezembro

Alexandre Simões
@oalexsimoes
01/05/2020 às 02:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:24
 (mineirão/Agência i7)

(mineirão/Agência i7)

Nos bastidores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já trata da temporada 2020 invadir janeiro de 2021. Isso é fruto da pandemia pelo novo coronavírus, que já decreta uma paralisação de 45 dias nas atividades do esporte em praticamente todo o Brasil. Se forem consideradas as datas disponíveis e o que ainda falta para ser jogado, isso já é uma realidade.

O melhor cenário seria o futebol brasileiro retornar em 17 de maio, algo muito improvável, pois os atletas teriam de voltar à atividade neste fim de semana para terem pelo menos duas semanas de preparação.

O retorno está em discussão e o discurso desencontrado e as posições antagônicas de clubes mostram que não será um processo fácil.

Mesmo assim, de 17 de maio a 23 de dezembro, data limite para as partidas em 2020, por causa das festas de fim de ano, seriam 64 as datas disponíveis. Isso para se concluir os estaduais e as Copas do Brasil, Libertadores e Sul-Americana. Além disso, ainda há a disputa das quatro séries do Campeonato Brasileiro, sendo que as duas principais (A e B) têm 38 rodadas, cada.

E hoje, faltam 66 datas para se encerrar as competições já iniciadas e se disputar as Séries A e B do Brasileirão com seus formatos originais, de 38 rodadas.

Terminar o que foi paralisado e ter as duas principais divisões do Campeonato Brasileiro disputadas com as fórmulas previstas é fundamental para as finanças do clube, pois qualquer alteração irá interferir nos contratos de transmissão dos jogos.

E o dinheiro da TV ganha ainda mais importância, pois é certo que o retorno do futebol será com portões fechados, o que impede uma receita, a renda das partidas, e impacta em outra, a dos programas de sócios.
 
CBF
A pressão maior pela volta do futebol parte do presidente Jair Bolsonaro. Ele revelou conversar com autoridades sobre o assunto nesta semana. Mas a questão provoca divisão entre os clubes, que não têm uma posição única.

A coluna De Primeira, do Portal UOL, revelou que a CBF entende como limite de invasão da temporada 2021 o mês de janeiro. Isso para que o calendário do próximo ano não seja muito afetado.

Se os atletas voltarem da parada para as festas de fim de ano em 2 de janeiro, um sábado, e já entrarem em campo no dia 6, uma quarta-feira, o primeiro mês de 2021 terá oito datas disponíveis com dois jogos por semana.

Mas se o futebol brasileiro não retornar até 7 de junho, um domingo, será impossível terminar a temporada 2020 em janeiro do ano que vem, considerando-se sempre dois jogos por semana.

INTERVALO
A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) chegou a acenar com a possibilidade de diminuição do intervalo mínimo entre os jogos, que é de 66 horas atualmente, para 48 horas. Mas a medida, que ajudaria demais a CBF a reorganizar o calendário, pois permitiria três jogos por semana, dificilmente será possível.

Há uma briga entre sindicatos estaduais e a Fenapaf. Assim, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Bahia e Goiás estão fora da federação.

Em áudio encaminhado aos jogadores de São Paulo, o presidente do sindicato do Estado, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli, foi claro, dizendo que não serão aceitos jogos com menos de 66 horas de intervalo.

Assim, a regra será mesmo de duas partidas por semana, o que já faz o calendário do futebol brasileiro de 2020 ter de invadir 2021, se todas as competições em disputa e que ainda serão jogadas tiverem suas fórmulas mantidas.

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