
O mês que consagrou o hexacampeonato do Cruzeiro na Copa do Brasil foi assombroso para Atlético e América. Neste dia de Halloween, a maldição de um 2017 ruim recai sobre o Galo e o fantasma do rebaixamento bate à porta do Coelho.
Após um setembro amarelo em sinal de alerta, a bruxa ficou solta para a dupla mineira no Campeonato Brasileiro. Mais de 30 dias sem vencer um jogo, com apenas um gol marcado neste período. Dados que unem alvinegros e alviverdes em momentos de crise.
O Atlético perdeu três vezes e empatou um jogo no mês que se encerra hoje, enquanto o América sofreu duas derrotas e dois placares iguais. O lado alvinegro teme sair da zona de classificação da Libertadores, enquanto os decacampeões se aproximam da parte de descenso pra Série B.
Ontem, o diretor de futebol do clube alvinegro, Alexandre Gallo, foi demitido após maus resultados no Campeonato Brasileiro. A sexta colocação se manteve na tabela de classificação, porém os nove pontos de vantagem para o Santos no mês passado foram pulverizados. Hoje, só o critério de desempate (uma vitória a mais) mantém o Galo no G-6.
“O tempo é curto, mas temos objetivo interessante que é a classificação da Libertadores. É bom para todo mundo, comissão técnica, torcida, atletas, diretoria. Não podemos desistir. Faltam sete jogos, e o Atlético pode dar uma virada. Acredito muito. Sou o que menos duvido do Atlético”, afirmou Levir Culpi, à espera da primeira vitória na volta ao Galo.
OLHOS ABERTOS
Ao empatar justamente com o Atlético em outubro, o técnico Adilson Batista tinha confiança de que o Coelho iria se manter na Série A para 2019. Agora, o desafio é o outro rival de Minas, para dar fim a oito jogos seguidos sem vencer.
E o novembro americano tende a ser de fortes desafios. Apesar de encarar o Paraná após a Raposa, haverá Internacional, Santos e Palmeiras na sequência. Antes do sombrio outubro chegar, o Coelho estava em 13º lugar, três pontos acima da zona de rebaixamento. Agora, só não está no Z-4 por ter cinco gols de saldo a mais que a Chapecoense, primeira ocupante do grupo que iria pra Segundona hoje.
Momento de tensão, que fez uma das torcidas organizadas do América marcar protesto na porta do CT para esta sexta-feira, num momento em que o Coelho precisa se ressuscitar no Brasileirão e se livrar dos 16,6% de aproveitamento obtidos em outubro.
COMO EM 2017
O treinador veterano é chamado para apagar um incêndio na reta final da temporada. O clube, com esperanças de ir pra Libertadores, demite o segundo treinador na temporada. É 2018, com cheiro de 2017, no Atlético.
Alexandre Gallo foi substituído ontem por Marques, de forma interina, na função de diretor de futebol do clube alvinegro, assim como aconteceu com André Figueiredo e Domênico Bhering no falecimento de Eduardo Maluf. Levir é o Oswaldo da vez, e para não transformar o ano em filme de terror, o Galo não poderá terminar o Brasileirão novamente fora da Libertadores.
