
O Dakar brasileiro. Hoje não é exagero afirmar que o Rally dos Sertões é digno da comparação, tanto mais que já recebeu alguns dos principais nomes do fora de estrada no mundo ao longo de sua história, valendo inclusive para o Mundial de Rally Cross-Country entre os carros e motos.
História que teve inspiração no Rally do São Francisco, disputado uma única vez em 1991 (apenas nas duas rodas) e vencido pelo mineiro Bernardo Magalhães, o Bê. Dois anos depois, o desafio era disputado pela primeira vez, com direito à passagem por território mineiro, rumo à região do Nordeste que justificava o nome.
Pois sábado a maratona de poeira, lama e desafio parte para sua 25ª edição. Por questões logísticas e principalmente de marketing, a largada foi mantida em Goiânia, como nos últimos anos, mas o destino final (que foi Belo Horizonte em 2014) agora é o Pantanal sul mato-grossense.
Bonito, com suas águas claras e paisagens que justificam o nome, consagrará os campeões, após uma semana de muita velocidade. E mais uma vez com uma forte participação mineira e perspectivas de bons resultados para os representantes do Estado nas principais categorias.
Nas motos, a ausência sentida é de Tunico Maciel, da equipe oficial Honda, que se contundiu durante o Ibitipoca Off-Road. Líder do Campeonato Mineiro (as duas etapas valeram como preparação), o araxaense Marco Antônio Pereira é grande candidato a um lugar no pódio da categoria Production Aberta, para modelos com preparação limitada. Eduardo Menin Ferreira (Minas Adventure Tour) e Ronie Von Silva (Mineiros no Sertão) estão inscritos na Over 45, enquanto Carlos Alberto Braga (Mineiros no Sertão) encara a prova na categoria CRF230/Brasil, destinada ao modelo recreativo da Honda. Pedro Henrique Teixeira Costa, o Pedro HTC, é o mineiro na disputa dos quadriciclos, com um Polaris Scrambler.
CARROS
Nas quatro rodas, o mais do que experiente Luís Carlos Nacif comanda um protótipo T-Rex na categoria T1, que reúne os modelos mais potentes e com maior preparação. Mesmo com rivais fortíssimos como os Mini All 4 também usados no Dakar e que serão comandados por Guilherme Spinelli e Sylvio de Barros; ou a Ford Ranger de Reinaldo Varela, ele tem tudo para terminar mais uma vez entre os 10 primeiros.
Atração à parte é a família Teixeira. Se o pai, Antônio Carlos (presidente do Rally Clube de Minas Gerais), soma 12 participações – e desta vez terá como navegadora a filha Maitê, que dá os primeiros passos como piloto no Mineiro – o outro filho, Lucas, acelera pela segunda vez com um protótipo Sherpa disposto a vencer na categoria Pró-Brasil. A seu lado, o experiente navegador Armando Miranda.
Renato Martins e Enedir Júnior estreiam na categoria Regularidade, em que o objetivo não é ser o mais rápido, mas cumprir à risca a média estabelecida pela organização.
Os UTVs são uma atração à parte, cada vez mais numerosos neste tipo de competição. E a equipe mineira Yoda Racing aparece entre as favoritas, com Gustavo Lapertosa/Fábio Zeller (Polaris) e Henrique Gutierrez/André Cruz (Protótipo Yamaha), na categoria Pro Turbo.
