Paula Machado
Repórter
Os profissionais da Educação conseguiram entregar ao governo do Estado as reivindicações da categoria. A afirmação é do presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais - Sind-UTE de Montes Claros, José Gomes Filho.
Desde o último dia 28 a categoria está de braços cruzados
(foto: XU MEDEIROS)
Por telefone, de Belo Horizonte, ele informou que algumas reivindicações antigas foram atendidas, mas que ainda falta à reivindicação principal.
- Tivemos uma audiência ontem, 08, e o governo disse que vai estudar nossas propostas, principalmente sobre o piso salarial. Mas inicialmente atendeu a algumas reivindicações antigas, como por exemplo, as férias prêmio, o pagamento de biênios e rapeio para designados - conta.
PRÓXIMO ENCONTRO
Segundo José Gomes, o governo marcou uma reunião para esta sexta-feira, 12, onde discutirá sobre a greve. Mas ele adianta que fará uma reunião com a categoria estadual para definir que caminhos tomarão.
O sindicato solicita a intermediação para a abertura de negociação junto ao governo estadual referente às reivindicações dos trabalhadores em educação da rede estadual, que estão em greve por tempo indeterminado desde 28 de agosto, onde a principal reivindicação ainda não foi atendida. A greve, de acordo com José Gomes Filho, é por tempo indeterminado, sendo esse o último recurso utilizado pelos trabalhadores em educação para contrapor a intransigência do governo, que não dá respostas efetivas à pauta.
- Nossa mobilização tem o objetivo de revelar a realidade da educação em Minas e garantir a imediata implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, sancionado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em 16 de julho de 2008, melhores condições de trabalho e garantia de atendimento à saúde – afirma.
FALHAS
De acordo com José Gomes, a educação é apontada em todos os planos de governo como prioridade. Em Minas, a educação passa por um processo de sucateamento que precisa ser revertido com políticas de estado que priorizem a construção de uma educação pública de qualidade social.
Após várias assembléias e reuniões, os trabalhadores decidiram pela greve até que o governo possa negociar alguma solução. O adiamento dessa decisão só causará mais perda à educação da cidade e, principalmente aos estudantes que aguardam que este problema seja resolvido em breve para que possam voltar a estudar.
- Queria que o governo pudesse resolver logo essa situação. Nós alunos é que estamos perdendo com isso. E para mim e para minha vida a educação é fundamental. Espero que o governo possa resolver essa situação de maneira mais rápida – diz Ana Clara Ferreira, estudante. Nas ruas essa situação tem dado o que falar.
- Eu acho que eles estão certos em reivindicar por causas que julgam ser certas. Afinal se temos um objetivo temos que lutar para conseguir alcança-lo. E é isso que eles estão fazendo apesar de não terem conseguido ainda a reivindicação principal, devido ao desinteresse do governo – diz Amanda Almeida, do Bairro Renascença.
- A nossa assembléia em Montes Claros foi uma reafirmação de continuidade da greve, e denúncia daqueles colegas que fazem o papel de governo nas escolas reprimindo os colegas que aderem ao movimento, que é o caso de alguns diretores - diz José Gomes.
Afirma que foi também feito o recrutamento de outros colegas que não aderiram, pois a greve está surtindo efeito e falta maior participação para pressionar a negociação.
