Foi divulgada, ontem, uma pesquisa feita pelo IBGE em seis regiões metropolitanas do país que revelou um aumento de quase 34% do número de pessoas com mais de 50 anos que ainda estão no mercado de trabalho.
A pesquisa também mostra que as mulheres estão com uma fatia cada vez maior das oportunidades de trabalho para essa faixa etária. Em 2002, para cada 100 homens com mais de 50 anos, havia 69 mulheres trabalhando. Neste ano, são 72.
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(foto: divulgação)
Mas a maior parte das vagas é para quem tem pelo menos o Ensino Médio ou até mesmo ensino superior. Por isso, muitos estão voltando para a sala de aula.
Com o objetivo de atingir este público, a Funorte – Faculdades Unidas do Norte de Minas, criou o vestibular da terceira idade, uma iniciativa pioneira que tem o intuito de facilitar o pagamento das mensalidades, através de descontos progressivos, para as pessoas da terceira idade que querem voltar a estudar.
SUPERAÇÃO
Para Raquel Muniz, diretora da instituição, ter um curso superior vai ajudar muito essas pessoas.
- O acadêmico ainda nesta idade servirá de exemplo de superação para filhos, netos e até mesmo bisnetos, conclui Raquel.
Para Clarice Guimarães Braga, de 50 anos, foi uma conquista muito grande ter conseguido uma das vagas do último vestibular da Funorte. Clarice fez a matrícula ontem no curso de Serviço Social. Ela tem dois filhos e trabalha na Central de Transplantes de um Hospital de Montes Claros.
- É um impulso para minha vida, estou muito entusiasmada com a possibilidade de ter um curso superior. È prova que nunca é tarde para começar. Se você realmente quer uma coisa, tem que batalhar. O curso também vai me ajudar no meu serviço na Santa Casa, afirma a nova acadêmica.
Para a secretária da Comissão de Vestibular da Funorte, Naida Amaral Figueiredo, foi diferenciada a procura neste último vestibular.
- Pelo próprio perfil dos alunos na sala de aula a gente pode perceber que a terceira idade quer conquistar seu espaço e voltar a trabalhar, oferecer qualidade do trabalho disputar a vaga com a mesma chance de um jovem recém-formado, ressalta Naida.