Protesto reforça greve na Unimontes

Paralisação de professores chega a uma semana; categoria está desde 2012 sem reajuste salarial

Larissa Durães
Publicado em 17/03/2022 às 11:06.
Categoria teve 5% de aumento há dez anos e calcula que desvalorização no salário já chega a 50% (Amanda Freitas/Adunimontes/Divulgação)

Categoria teve 5% de aumento há dez anos e calcula que desvalorização no salário já chega a 50% (Amanda Freitas/Adunimontes/Divulgação)

Em greve há uma semana, professores da Unimontes fizeram ontem um novo protesto em frente à sede da instituição, com direito a panfletagem e buzinaço. Categoria cobra o cumprimento da decisão judicial que prevê a incorporação de gratificações, aumento da dedicação exclusiva e o novo plano de carreira, com reajuste salarial. 

“Não entramos em greve de um dia para o outro, estamos negociando, tentando diálogo há muito tempo, e não conseguimos por esse caminho”, diz a professora do Departamento de Comunicação e Letras e presidenta da Associação dos Docentes da Unimontes, Maria da Penha Brandim. 

A mobilização começou em 8 de março e foi deflagrada sem prazo de validade. Decisão judicial ratificada em 2108 determina a implementação de um novo plano de carreira.

“O acordo não é com governadores. Nosso acordo é com o Estado de Minas, não importa quantos governadores tenham passado até chegar em 2022. Essa cláusula está no acordo judicializado”, frisa. 

O plano de carreira tem por objetivo corrigir distorções de progressão e promoção, além de equiparar a carreira docente da Unimontes às demais carreiras docentes das universidades públicas brasileiras; prevê também a incorporação das gratificações de titulação, desempenho e demais auxílios ao salário base, vetando perda salarial em caso de afastamento por licença médica e aposentadorias. 

Outro ponto é o reajuste do percentual pago pela Dedicação Exclusiva, de 40% para 50%, e o pagamento das Dedicações já publicadas, a recoloca-ção funcional de profissionais que pediram mudança de carga horária de 20h para 40h. 

A última vez em que a categoria teve reajuste salarial foi em agosto de 2012 (5%), o que já teria causado 50% de desvalorização dos ganhos desde então. DEFASAGEM

Desde 2019 a Unimontes suspendeu o transporte dos professores, que agora precisam custear as passagens para exercer o trabalho fora da sede, em outros campi. “Com a atual defasagem salarial, os altos gastos com os transportes se tornam um impedimento para que as atividades docentes sigam com a mesma qualidade nos campos fora da sede”, pontua Maria da Penha.

A última greve dos professores da Unimontes ocorreu em 2018. Depois de quatro anos eles retornam ao ato em protesto devido ao fato do governo conceder o primeiro reajuste para segurança pública e não cumprir o acordo firmado em 2018 com eles.

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