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Quinta-Feira,13 de Novembro

Nutricionista: uma categoria em plena transformação

Jornal O Norte
Publicado em 31/08/2007 às 10:16.Atualizado em 15/11/2021 às 08:14.

Os nutricionistas brasileiros comemoram seu dia em 31 de agosto, pois, nesta data, em 1949, foi criada a ABN - Associação Brasileira de Nutricionistas, entidade que deu origem à Federação Brasileira de Nutricionistas e, mais recentemente, à ASBRAN -Associação Brasileira de Nutrição.



O principal objetivo da Ciência da Nutrição é a qualidade de vida e saúde dos seres vivos. Seu trabalho abrange a alimentação do homem, nas dimensões individuais e coletivas, mesclando conhecimentos biológicos, políticos e sociais.



Os cursos de Nutrição no Brasil iniciaram sua história em 1939, quando foi criado o primeiro curso de Dietistas do país, na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da USP. Com a criação do extinto Serviço de Abastecimento Público Subsidiado - SAPS, criam-se mais cursos de Nutrição (Dietistas), desta vez no Rio de Janeiro, década de 40/50. Surgindo na Bahia e em Pernambuco na década de 50, dois cursos, respectivamente. E em 1968, cria-se mais um no Rio de Janeiro e estes sete cursos formam a mão-de-obra em Nutrição até 1976. Formação profissional concentrada nas regiões Sudeste e Nordeste do país, não privilegiando os demais estados e regiões com este profissional.



A formação se expande depois de 1975 e continua na década de 1980, num ritmo mais lento. Esta expansão não se deu, a exemplo dos demais cursos da área da saúde, que cresceram de 1965 a 1975, quando houve o boom do ensino superior.



Segundo o CFN, dos 64 cursos superiores de Nutrição existentes no país, 20 estão em São Paulo e 10 no Rio de Janeiro; 93% dos nutricionistas brasileiros são do sexo feminino, sendo que a maioria (60%) tem entre 20 e 39 anos; 31% dos profissionais atuam em nutrição clínica e 28% em alimentação institucional (restaurantes autogeridos ou terceirizados). Segundo o CFN, a categoria investe pouco em especialização strictu senso. Dos 24% que fizeram pós-graduação, 2% têm mestrado e apenas 0,5% doutorado.



Neste século, a categoria de nutricionistas deverá se fortalecer, à medida que cresce a demanda por uma alimentação mais saudável e maior qualidade de vida. Mas a sobrevivência do profissional vai depender cada vez mais da sua capacidade de adaptação aos novos tempos, investindo em qualificação permanente e abrindo mão de posturas tradicionalistas, sem se desviar dos valores éticos e da sua responsabilidade social.



De acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas, existem no país cerca de 30 mil nutricionistas legalmente habilitados. Outras centenas estarão saindo das faculdades, prontos para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais diversificado e competitivo.



Para esses nutricionistas, a conquista de postos de trabalho em época de desemprego e recessão é apenas o primeiro dos muitos desafios em sua trajetória profissional.



Acima de tudo, eles deverão estar preparados para ultrapassar novas barreiras que surgem a cada dia, no rastro da globalização e do turbilhão de mudanças científicas, tecnológicas e comportamentais que têm caracterizado este início de século.



Inserida no campo da saúde e da alimentação, dois setores que crescem em importância em todo o mundo, é certo que a carreira de nutricionista não corre o nenhum risco de desaparecer. Pelo contrário. Consolida-se e ganha relevância na mesma proporção em que crescem as exigências das pessoas por mais qualidade de vida. (CFN).

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