As novas diretrizes permitirão aos jovens escolher a formação no ensino médio (ASCOM/FUNORTE)
A reestruturação do ensino médio que faz parte da nova política nacional do Ensino Médio no Brasil vai ter como base informações e ideais catalogadas a partir de consultas públicas. É o que determina portaria do Governo Federal que institui grupo de Trabalho com representantes de diversas organizações educacionais, além da comunidade escolar e da sociedade civil , com o objetivo de ampliar o debate sobre as novas diretrizes.
Serão 90 dias para que os atores ligados à educação no Brasil se manifestem. A consulta será realizada através de audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares nos 26 estados e Distrito Federal.
De acordo com o diretor do Colégio Indyu, que tem pós-graduação em Gestão de Educação, Willian Borges, a proposta pode ser o caminho para diminuir a evasão escolar, atraindo os jovens para um ensino com matérias práticas, que conversem com a realidade do aluno, que sejam úteis em seu dia a dia.
“A proposta para reformulação do novo ensino médio é ótima. Nas escolas da rede pública o índice é de 60% de desistência de alunos. A nova proposta permite várias faces da formação média que pode caminhar para o lado da formação técnica e para os itinerários formativos que são as eletivas, que permitem aprender coisas que são úteis na vida, como economia doméstica, inteligência emocional, matemática financeira, gastronomia que serão usadas no empreendedorismo e na vida prática do aluno”, explica .
Ainda de acordo com Borges, as novas diretrizes permitirão aos jovens fazer o ensino médio técnico, o que significa que o aluno já escolhe uma formação para fazer e seguir. “Observamos que São Paulo esta mais na pegada da formação técnica, a rede de Minas não tem apoio, estrutura, nem professor concursado, preparado ou formado para dar todas as opções do novo ensino médio. Acredito que para atender a legislação, o governo de Minas vai pegar o professor que já tem carga horária dentro da instituição e, independente, de ter aptidão ou não colocar para lecionar aquela matéria, ou seja um remendo para tentar atender o novo ensino médio. Um país continental como o nosso, em cada região e até ate mesmo dentro dos estados, as condições e acessos serão diferentes, isso é preciso ser pensado com cuidado.”, enfatiza.
As ações para fomentar as discussões serão coordenadas pelo MEC, por meio da Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase). Após o prazo de manifestações, a Sase terá 30 dias para elaborar o relatório final a ser encaminhado ao ministro da Educação.
Um dos caminhos para do Novo Ensino Médio, apontam especialistas, é aliar teoria e prática, como já faz o Colégio Indyu. Em parceria com as Faculdades Funorte e o Hospital Dr. Mário Ribeiro da Silveira, quem estuda na instituição já vivencia experiências em algumas disciplinas.
A professora Alessandra Nogueira acredita que o colégio foi pioneiro no aspecto do Novo Ensino Médio. “Nos 2 ° e 3° anos, essa metodologia já algum tempo está sendo desenvolvidas. Por exemplo, o pensamento crítico se tornou um Itinerante para as crianças trabalharem textos e opinar através de músicas, de jogos. Você observa nos 2º e 3º anos como o itinerário, desenvolvido pelo novo ensino médio, traz a possibilidade do aluno passar no vestibular e desenvolver a inteligência emocional. Acredito que é bem positivo, por agregar muito na carreira dos alunos”, afirma.
De acordo com o diretor, Willian Borges, o colégio já oferece diversos cursos dentro da disciplina TDE ( Trabalho Discente Efetivo). Com carga de 160 horas, as disciplinas são: acúmulo de milhas, gastronomia, compras e mercado online, planejamento de memorização e muitos outros. “Os alunos escolhem o curso e desenvolvem ao longo do ano o conteúdo. Na última semana, 15 alunos participaram de aula prática no curso de Direito e adoraram vivenciar o mundo universitário, mesmo antes de estarem inseridos. Não adianta o ensino pelo ensino. Tem que ser motivador, fascinante e despertador e não sofrimento em troca de algum resultado”, analisa o diretor.
*Com informações da Agência Brasil