Novas tecnologias na educação: processo ensino-aprendizagem enfrenta o desafio de adaptar os métodos tradicionais aos recursos tecnológicos na formação do aluno

Jornal O Norte
17/10/2006 às 12:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:42

Jerúsia Arruda


Naíma Rodrigues



Repórteres


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Num tempo em que a tecnologia está presente em todos os momentos da vida, desenvolver um processo ensino-aprendizagem que inclua em pé de igualdade os métodos tradicionais e os recursos tecnológicos é um desafio.




Aluno da Escola Normal, Pedro Henrique diz que o laboratório de informática é mais uma forma de aprendizado e vai ajudá-lo a se preparar para o mercado de trabalho (fotos: Wilson Medeiros)

Atualmente os conteúdos educacionais para crianças a partir de 3 anos, já incluem o computador como ferramenta em várias atividades como o desenvolvimento da coordenação motora, noções de matemática, iniciação ao alfabeto e reconhecimento de formas geométricas.

Para viabilizar o processo, é necessário que professores e a escola como um todo estejam em contato permanente com esses novos recursos, usando produtos adequados a cada faixa etária, aproveitando datas especiais, como as eleições, por exemplo, para promover a inclusão digital, aproximando as crianças da nova realidade que se vislumbra com a Internet.  As possibilidades de aprendizado pelo computador são infinitas e para aproximar as crianças, incluindo as portadoras de necessidades especiais, é preciso aliar à linguagem lúdica, a prática digital na qual estamos todos inseridos.

A nova metodologia requer análise, treinamento e orientação dos professores, e atenção especial aos alunos, de forma que todos possam usufruir plenamente de seus benefícios.

Em Montes Claros, muitas escolas públicas já contam com vários recursos que têm viabilizado a inclusão digital.

EM BUSCA DA TECNOLOGIA

Os alunos da escola estadual Professor Plínio Ribeiro – Escola Normal - estão animados com o novo laboratório de informática que foi implantado e ampliado na escola, no mês de agosto deste ano. De acordo com a diretora da escola, Maria do Rosário, a instituição conta hoje com 20 computadores em funcionamento para atender toda a escola.

- Quando assumi a diretoria havia somente 10 computadores e a Internet ainda não estava disponível para a escola. Consegui reativar a Internet e ampliar a sala de informática com mais 10 computadores que o governo do estado nos enviou. Há pouco tempo o técnico estava aqui realizando aumento de memória para os computadores mais antigos e acompanharem os novos que acabaram de ser instalados - diz Rosarinha.




Os alunos da Escola Normal contam com 20 computadores


ligados à Internet para pesquisas e trabalhos escolares

Segundo a diretora, antes da instalação dos aparelhos foi realizado um teste de aprovação para verificar a qualidade dos computadores. Ela diz que a partir de 2007, escola tem como objetivo ter duas aulas obrigatórias de informática para o primeiro ano do ensino médio.

Rosarinha diz que os alunos estão utilizando os computadores e já está sendo realizado o treinamento dos professores para atender à necessidade de aprendizado das turmas que tem acesso aos aparelhos.

- Só é necessário o professor manifestar que deseja fazer uma aula diferente com uso dos computadores, que cedemos a sala para a realização do trabalho - diz Rosarinha.

TRABALHO EM EQUIPE

Segundo a diretora da Escola Normal, o governo ainda não disponibilizou contratação para que um funcionário cuide da sala de computação da instituição, por isso, quando os alunos querem realizar trabalhos de pesquisas precisam do auxílio do professor. A vantagem com isso é que os dois vão trabalhar em equipe.

- Por ter acesso ao computador e à Internet na escola, o aluno fica mais motivado a freqüentar às aulas. Por estar utilizando mecanismos modernos, que prendem a atenção dos alunos, a evasão escolar tem diminuído consideravelmente – diz.

Apesar não possuir computadores suficientes para atender a demanda da escola, Rosarinha diz que espera que o processo continue dando certo e que os alunos possam cada vez mais desenvolver pesquisas dentro da própria escola.

APRENDIZADO PARA O FUTURO

Pedro Henrique, 12 anos, aluno da Escola Normal, diz que apesar de ainda não ter tido aula no laboratório de informática, esta é mais uma forma de aprendizado na escola e está muito entusiasmado para começar as aulas.

- Vamos aprender a trabalhar no computador e nos preparar para o mercado de trabalho, que exige cada vez mais que saibamos trabalhar bem com o equipamento. Essas aulas são uma boa oportunidade para nós – argumenta.

SEGUINDO ENSINAMENTOS

A escola estadual Gonçalves Chaves, a exemplo da Escola Normal planeja inaugurar em breve a sala de computadores.

- Recebemos alguns computadores do governo federal, que foi repassado ao governo estadual e conduzido para nossa escola. Demoramos um pouco para receber o recurso dos computadores, por isso eles ainda estão indisponíveis e encaixotados - diz a diretora da Escola, Marlene Vieira Chaves.

Segundo Marlene ainda falta o técnico da Superintendência de Regional Educação vir configurar os computadores.

- A rede de Internet já foi instalada, só falta fazer a configuração, para isso é necessário alguém capacitado para fazer. Estamos aguardando que a SRE conclua a instalação - afirma a diretora.

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