Jerúsia Arruda
Repórter
jerusia@onorte.net
Com o objetivo de propor a adoção de políticas públicas e ações concretas que promovam o conhecimento e a mudança de mentalidade para eliminar o preconceito e a discriminação racial nas escolas, a Coordenadoria de Igualdade Racial promove, nos dias 27 e 28 de setembro, o 1º Seminário municipal de promoção de igualdade racial na educação.
Através de minicursos, oficinas, palestras e debates, o Seminário vai discutir os princípios da Política Nacional de Igualdade Racial e propor, às instituições convidadas, uma parceria para a realização de um conjunto de programas, buscando traduzir a igualdade formal em igualdade de oportunidade e tratamento.
O seminário tem como objetivo propor a adoção de ações concretas que promovam o conhecimento e a mudança de mentalidade para eliminar o preconceito e a discriminação racial nas escolas
De acordo com o coordenador municipal de Igualdade Racial, Roberto Neves Rolino, a realização do Seminário objetiva identificar, edificar e consolidar novas parcerias para a discussão do tema.
- Queremos unir forças para uma organização sistêmica em tornar prática a Lei 10.639/2003, que dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão da História e Cultura afro-brasileira e africana nos currículos da Educação Básica. Além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar a história e a cultura dessa etnia, buscando reparar os danos que ainda persistem no tocante a sua identidade e seus direitos constitucionais – diz.
A abertura do Seminário acontece no dia 27 de setembro, quinta-feira, com palestra da diretora nacional de Proteção do Patrimônio Afro-brasileiro – Fundação Cultural Palmares, Bernadete Silva Lopes.
Logo após a palestra, Roberto Rolino apresenta o plano de trabalho da Coordenadoria de Igualdade Racial. Em seguida, o professor, doutorando em História Ibero-americana pela Universidad Internacional de Andalucia –Sevilha/Espanha, Leonardo Cristiane Campos profere palestra com o tema Implementação da Lei 10.639-2003: impasses e obstáculos.
Ainda no dia 27, será apresentado o projeto de extensão pedagógica Ile Aiyê, de Salvador/Ba, pelo vice-presidente do Ile Aiyê, Vivaldo Benvindo dos Santos. Logo após, a professora mestres em História da Escravidão, Jonice dos Santos Reis apresenta o painel Práticas de educação inclusiva: experiências de sucesso.
A programação do dia termina com um debate com o tema Políticas públicas e investimentos em educação inclusiva.
Na manhã do dia 28, sexta-feira, será apresentado o painel Inclusão Digital e, após o intervalo para o almoço, serão realizados os minicursos e oficinas que têm como temas: Religiões africanas; Culinária típica; Contando histórias; O preconceito oculto – análise de obras de literatura infanto-juvenil -; Musicalidade e Artesanato temático. O minicursos e oficinas serão ministrados pelos professores Leonardo Campos e Jonice Procópio, pelo bailarino e professor de música e dança, Luciano de Jesus e pelo artista plástico, Biolla, no Iseib, à rua Lírio Brant, 284 – Melo.
O Seminário encerra na noite de sexta-feira, no centro cultural Dr. Hermes de Paula, com lançamento do livro As diversidades de ritos nos Candomblés Bantu na cidade de Montes Claros, região Norte do estado de Minas Gerais/Brasil, a partir da segunda metade do século XX, do professor Leonardo Cristiane Campos, e show musical com a dupla Bruno Andrade e Fabiana Lima.
O Seminário é realizado pelas secretarias municipais de Educação e Cultura, em parceria com o ministério da Educação, fundação cultural Palmares, SEPPIR e Ile Aiyê, e conta com apoio da superintendência regional de Ensino, Unimontes, Iseib, Amams, Avams, Sesc/MG, Iseib, Sebrae/MG, Senac/MG, Senai/MG e Senar/MG.