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Segunda-Feira,17 de Novembro

Hora dos estudantes voltarem para as salas de aula

Jornal O Norte
Publicado em 30/09/2008 às 10:20.Atualizado em 15/11/2021 às 07:45.

Paula Machado


Repórter



A greve que iniciou em 28 de agosto de 2008, teve sua suspensão no dia 29 de setembro. A decisão foi tomada pelo comando estadual de greve que se reuniu com o secretário de governo Danilo de Castro, no dia 26 de setembro, em audiência onde decidiram paralisar o movimento.



A assembléia estadual aprovou a proposta de suspensão, tendo consenso nas intervenções. Ficaram acertadas também a manutenção do estado de greve e realização de nova assembléia em 30 de outubro. Após reunião do comando estadual de greve, a comissão de negociação foi chamada e recebida pelo secretário da mesa diretora da assembléia legislativa de Minas Gerais – ALMG, José Geraldo.



Segundo o presidente do SIND-UTE em Montes Claros, José Gomes, a greve na cidade foi suspensa na sexta-feira, mas ficou definida no sábado em Belo Horizonte.



- O governo se comprometeu em continuar negociação. Propôs um calendário para discutir sobre o piso salarial. Nossa proposta é de continuar mobilizados e a comissão do SIND-UTE reivindica o pagamento dos dias em que ficamos parados – explica ele.



Segundo José Gomes, o presidente da ALMG, Alberto Pinto, entrou em contato com a secretária de Educação do governo, Vanessa Guimarães, que sobre a questão salarial reafirmou o compromisso de negociar.



- Mesmo considerando que a proposta do governo não foi satisfatória, pois não houve o atendimento a todas as nossas reivindicações, a assembléia avaliou que a greve foi positiva – diz José Gomes.



De acordo com ele, o movimento uniu a categoria que refletiu sobre o processo de resistência que foi fundamental para a formação política.



A deliberação pela suspensão da greve foi no sentido de garantir que essa organização se mantenha como processo coletivo de discussão e tomada de decisões.



Em exatamente 30 dias de greve, os trabalhadores a educação dialogaram com a sociedade em todas as regiões do estado sobre a educação de Minas, fizeram assembléias regionais, visitas a escolas, passeatas, manifestações, interrupção de trânsito, ocupações e outras atividades realizadas denunciando as mentiras do governo de Aécio Neves.



José Gomes revela que o governo atendeu a algumas reivindicações dos educadores, como o pagamento do rateio aos designados, gozo de férias-prêmio, alteração no processo de escolha de diretores de escolas, realização de concurso público, envio de recursos para projetos escolares, autorização da coordenação ou vice-direção específica para o curso normal médio, entre outras reivindicações.



Apesar dessas reivindicações já atendidas, os educadores querem o aumento salarial do piso para R$ 950,00.



ALUNOS



Mas quem recebeu a notícia com alegria foram os estudantes da cidade, que já comemoram a suspensão da greve com a esperança de recuperar o tempo de estudo perdido.






Estudantes vão ter semestre corrido para


colocar matérias em dia
(foto: XU MEDEIROS)



- É um alívio ver que não vou perder mais tempo à toa e que vou poder voltar a estudar. Finalmente as aulas vão recomeçar, serão um pouco tumultuadas porque teremos que correr com a matéria, mas é melhor do que ficar parada – explica aliviada a estudante do 1º ano do ensino médio Karla Viviane Carriery Guimarães.



Agora é esperar a próxima reunião dos educadores com o governo para decidir de vez se a reivindicação principal será atendida, para a satisfação dos alunos e professores.

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