Homens e mulheres pensam e agem diferente

Jornal O Norte
Publicado em 16/01/2008 às 10:13.Atualizado em 15/11/2021 às 07:22.

Fabíola Cangussu


Repórter



Até pouco tempo, não seria politicamente correto afirmar que homens e mulheres são diferentes. Afinal são anos e anos de luta feminina para garantia da igualdade sexual. O livro Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? de Alan e Bárbara Pease, faz uma análise divertida dessas diferenças, sem com isso eliminar a luta pelos direitos iguais e pelo direito de ser diferente, pois são espécies iguais e mundos diferentes.



O humor é a marca registrada desse livro. Começa mostrando coisas do cotidiano que delimitam bem o comportamento feminino e o masculino. Quem é que nunca questionou porque as mulheres vão ao banheiro de restaurante em dupla? Alguém já viu um homem convidando seu colega para ir? Alguém sabe que fascínio existe entre um homem e um controle remoto? E quem consegue explicar porque uma mulher chateada ataca um caixa de bombom enquanto o homem bebe ou então começa uma guerra?



Alan e Bárbara tentam explicar essas diferenças através da evolução, baseando essas teorias na função que o homem e a mulher desempenharam no princípio. Assim afirma entre outras coisas, que até no momento de viajarem, devem respeitar as habilidades de cada um. Assim os homens devem dirigir de noite porque tem visão noturna à longa distância e uma boa orientação espacial, porque na cadeia evolutiva desenvolveu o instinto de caçador.



Em compensação, a mulher tem maior poder de observação, de detectar sinais, de entender linguagem não-verbal. De saber identificar verdades e mentira. Sem contar que seu poder auditivo é muito mais aguçado.



Outro ponto abordado no livro que muitos leitores vão se identificar é quanto à importância do diálogo para cada sexo. Uma mulher usaria por dia, de 6 mil a 8 mil palavras e 8 mil a 10 mil gestos contra dois mil a 4 mil palavras  e 2 mil a 3 mil gestos dos homens. O que segundo o livro explica porque no final do dia o homem está praticamente monossilábico, enquanto a mulher, que precisa gastar sua cota diária de palavras, tenta desesperadamente esticar a conversa.



Quem se lembra de ouvir um homem interromper uma conversa, salvo no momento de uma discussão? O contrario em compensação é inevitável. As mulheres usam a participação na conversa para demonstrar interesse, enquanto o homem percebe esse gesto como afronta.



Nesta diferença, fica claro no livro que Se a mulher conversa muito, é sinal de que gosta de você. Se ela não lhe dirige a palavra, você está encrencado. Quanto aos homens, as mulheres não precisam ter esse receio, se ele cala, no geral é porque está pensando em outras coisas mais simples. Nunca como forma de punição. E no geral ele não irá perceber que o silêncio feminino tem algo a ver com ele.



Em meio a tantas diferenças, um ponto pode ser considerado polêmico, principalmente nos dias atuais em que cada vez mais mulheres estão assumindo no mercado de trabalho, funções até então masculina. O livro faz questão de ressaltar que as aptidões masculinas e femininas existem e de certo modo devem ser respeitadas. Desta forma parece natural que mulheres assumam o campo ligado à comunicação e interação, incluindo administração e os homens consequentemente  estariam aptos para atuarem nas áreas que exigem habilidade  espacial.



Será?  Será que devemos respeitar esses limites abordados? Será que as mulheres são mais criativas e os homens mais exatos?



E se nesses debates você se descobrir um imenso coquetel químico?  E se de repente o coração acelerado, mãos molhadas, borboletas no estômago e a vontade de virar gelatina durante aquele delicioso beijo são apenas reações químicas? Você então precisará de novo, rever as diferenças, pois cada hormônio age de uma forma nos organismos.



Neste momento o livro que discutiu esse assunto no decorrer de todos os capítulos, fala abertamente sobre Porque os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor? comentando a evolução que levou cada gênero a agir de um jeito.



A grande pergunta é? Devemos aceitar sem questionar o comportamento de cada um ou, devemos entendê-las e descobri formas de trabalhar cada uma delas para melhor convivência?





Todos os tópicos discutidos no livro são acobertados por algum estudo científico. Isso foi feito para dar veracidade aos escritos de Alan e Bárbara. Mas vale o alerta, nada de aceitar tudo como verdade absoluta. A ciência não é exata! Os melhores cientistas  vêem suas teorias caírem diante de novas descobertas. Então, nada de beber as informações contidas sem um amplo questionamento. Nada de aceitar limites por ser uma mulher ou um homem. O cérebro é mágico, tem ampla capacidade de adaptação. Ele pode ser trabalhado a exercer qualquer função que o indivíduo decidir ocupar. Nada de decidir usar essa abordagem para justificar alguns comportamentos que ferem o respeito social.



Essa leitura serve, como diz o dr. Denis Waitley, como aprendizagem de si mesmo e sobre o sexo oposto e consequentemente melhora os relacionamentos, pois uma coisa existe em comum, todos querem amor e respeito, se alguém percebe isso e começa a ofertar ao próximo o que deseja receber, certamente o mundo passa a ser mais feliz.

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