Liga Neuronorte em visita técnica ao Hemocentro Regional (Arquivo pessoal)
A fim de promover benefícios diretos na saúde da população, o Centro Universitário Funorte e a Fundação Hemominas selaram uma parceria que impactará na formação e capacitação de estudantes da área da saúde, com o fomento de pesquisas conjuntas sobre hemoterapia e saúde pública.
A iniciativa tem a frente o professor doutor do Centro Universitário Funorte, Max Alencar, que também é analista de hematologia e hemoterapia do Hemocentro. Esse tipo de parceria já existe em outros estados e municípios, porém, o modelo adotado pelas instituições locais é inovador e abre um leque de possibilidades.
“É uma parceria bastante significativa. O Centro Universitário propõe, para além das atividades acadêmicas, colocar as comunidades interna e externa, em contato com instituições de diferentes segmentos, ao entender que educar é envolver a sociedade em ações conjuntas, dentro e fora do ambiente acadêmico”, afirma o professor, que espera agregar elementos inovadores, como o uso de tecnologia, campanhas contínuas e envolvimento interdisciplinar de cursos, tornando o modelo referência em saúde pública.
Estudantes de biomedicina, farmácia, psicologia, medicina e demais cursos da área de saúde integram a iniciativa. Para Alencar, é de extrema necessidade preparar os alunos para atuar como profissionais éticos, responsáveis e com foco na qualidade de vida das pessoas. “Isso só é possível quando a academia se propõe a sair da sala de aula e valorizar parcerias com a comunidade”, disse o professor, ressaltando que os alunos realizam visitas técnicas periódicas ao Hemominas e, após as visitas, os temas são discutidos em sala de aula. Resultados como a melhoria da qualidade do sangue e hemoderivados e maior segurança em transfusões são algumas das metas traçadas.
CONGRESSO
Entre os dias 23 e 26 de outubro, Max participará do HEMO 2024, congresso organizado pela Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), em São Paulo. Na oportunidade, o professor apresenta dois projetos desenvolvidos sob sua orientação. Um deles tem como foco entender e ampliar as compatibilidades entre doador e receptor, além dos habituais antígenos. “Com esse entendimento, a gente minimiza o risco daqueles pacientes que precisam receber doações frequentes, como, por exemplo, aqueles que têm anemia falciforme, de desenvolverem rejeição às bolsas de sangue, o que ocorre em alguns casos. Com o banco de dados de fenótipos, a gente consegue atender à necessidade maior da região e buscar o que não tem aqui. Da mesma maneira, enviar o que temos para abastecer outras regiões”, explica.
Lara Ruas Oliveira, acadêmica do 8° período de Medicina da Funorte, que integra o projeto e participará do Congresso. “Estou muito animada para que eu possa somar aos meus conhecimentos, as novidades e avanços recentes da Hematologia. Esse contato direto com a prática clínica reforça a relevância do trabalho científico e sua aplicação real”, declara.