Paula Machado
Repórter
Os acadêmicos do 4º período do curso de Psicologia da Funorte realizaram ontem, 08, na Associação das damas de caridade, uma tarde de muita alegria. José Gomes de Assis, coordenador do projeto egresso e assistente social, se vestiu de palhaço para animar as idosas que bateram palmas e distribuíram sorrisos.
As piadas e as brincadeiras do palhaço José Gomes
despertaram sorrisos (foto: PAULA MACHADO)
Em uma roda, José animou as velhinhas com várias músicas e piadas muito divertidas. Marília de Souza Santos, coordenadora de Enfermagem do curso da Associação das damas de caridade, apóia a iniciativa dos acadêmicos e ressalta que atitudes como essa é muito importante para a vida das moradoras da casa.
LAR
Segundo ela, devido à idade avançada a maioria das idosas possui uma dificuldade maior de interação e uma auto-estima baixa. Ressalta que as idosas são muito carentes de carinho e amor, que perante a sociedade é apenas um problema, que são na maior parte das vezes deixadas de lado.
A associação das damas de caridade se mantém através de doação de roupas, de sapatos, de alimentos e dinheiro.
No lar os momentos de visita são divididos na parte da tarde às quartas-feiras e aos domingos, mas apenas 30% das idosas que lá vivem recebem visitas dos familiares. Ela revela que pessoas da sociedade que não possuem parentesco com as velhinhas gostam de visitá-las também.
- Essa interação entre os acadêmicos do curso de Psicologia da Funorte com a instituição é muito importante. O idoso quando é institucionalizado acaba tendo problemas, e esses problemas são resolvidos quando a psicologia é trabalhada. Nosso sonho é de ter um psicólogo próprio da instituição para desenvolver um trabalho com os idosos. Mas é possível notar nos rostos deles a felicidade que os acadêmicos estão os proporcionando – afirma Marília.
Mas a coordenadora de enfermagem do lar não sonha apenas com um psicólogo particular para a associação, mas também alimenta o ideal de trazer crianças para interagir com as idosas. Fazer brincadeiras, apresentações com elas para que possam reviver o passado.
PARCERIA
Marília explica ainda que além dos estudantes de Psicologia, os do curso de Assistente Social, e de técnico em Enfermagem do Indyu e de algumas outras faculdades também são parceiros do lar. Os doutores da felicidade também levam novos estímulos para as idosas.
- Momentos como esse proporcionam às idosas momentos alegres. Esperamos que esse trabalho dure, e que sensibilize outras pessoas a fazer o mesmo – explica Marília.
Os acadêmicos do curso de Psicologia também se sentem satisfeitos em presenciar os sorrisos de agradecimento, o brilho nos olhos e o semblante de alegria.
- Estou gostando muito. É o nosso segundo dia aqui no lar das damas de caridade e já percebo uma receptividade maior por parte delas. Elas estão participando e gostando das brincadeiras e das músicas que fazemos. É muito gratificante perceber a alegria no olhar delas – explica o acadêmico do 4º período de Psicologia, Pedro Fernandes de Souza.
APOIO
Ele explica que a escolha do lugar foi devido à ausência de assistência das demais faculdades. Ressalta que queriam aumentar os encontros do estágio que é de 8 para mais tempo.
Para Pedro o estágio é muito importante por colocar a teoria ensinada nas aulas em prática e também por despertar nos acadêmicos um espírito de solidariedade, de cidadão, de conviver com a sociedade em que está inserido.
O coordenador do projeto egresso, diz que levar a alegria aos idosos é essencial e que faz isso por prazer.
- É necessário abrir um espaço para o humor em instituições como o lar das damas de caridade. Esse pessoal fica fechado, deprimido, sem contato com a sociedade. Eles precisam retomar a alegria perdida. A vida é muito corrida e passageira, e quem tem o dom, a capacidade de fazer as pessoas rirem, de levar alegria à elas, deve fazer. E é isso que faço, e faço com prazer – explica ele.