Da Ascom/SEE
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), realizará pelo terceiro ano consecutivo a avaliação individual dos estudantes mineiros de oito anos para determinar o nível de leitura e escrita alcançado nas redes de ensino municipal e estadual em todo o Estado.
Entre os dias 27 e 30 de maio, os exames do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) atingirão todos os alunos que estão cursando a 3º ano do Ensino Fundamental. Minas é o único Estado brasileiro a avaliar as crianças na fase de alfabetização. A partir deste ano, o MEC adotará uma avaliação em todo o país baseado no exemplo mineiro.
Este ano vão ser avaliados 348.709 estudantes matriculados em 9.294 escolas públicas estaduais e municipais. Realizado pelo Governo de Minas desde 2006, o Proalfa é uma avaliação censitária que permite mapear o desempenho dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental por rede, município, escola, turma e aluno, apontando o nível de alfabetização de cada um para estabelecer as políticas educacionais e, se for o caso, uma intervenção na aprendizagem de forma pontual. As provas são elaboradas pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O teste do Proalfa tem 20 itens de avaliação da leitura e da escrita – 12 fechados e oito abertos. Os resultados serão divulgados em agosto. Além dos alunos de oito anos, o Proalfa vai avaliar de forma amostral estudantes do 2º e do 4º ano. Os alunos do 4º ano que tiveram baixo desempenho em 2007 também serão avaliados. São 20.990 estudantes da rede estadual e 45.322 da rede municipal.
RESULTADOS
O ponto de partida para a melhoria do desempenho dos alunos da rede pública foi a ampliação, a partir de 2004, da duração do Ensino Fundamental, de oito para nove anos em todo Estado, permitindo que os professores tenham mais tempo para preparar as crianças para a leitura e a escrita. As crianças passaram a ingressar na rede pública de ensino com seis anos de idade, dedicando mais tempo para formação educacional. A meta do Governo de Minas é que, em 2010, 100% das crianças matriculadas na rede pública saibam ler e escrever até os oito anos.
Desde então, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Educação, investiu na capacitação de professores. Realizou ainda três congressos estaduais de alfabetização – em cada edição, reuniu cerca de três mil professores e especialistas das escolas estaduais e representantes de prefeituras municipais – e implantou em todas as escolas o Plano de Intervenção Pedagógica (PIP), a partir dos resultados das avaliações, como âncora do processo de planejamento focado no desempenho dos alunos.
No PIP, cada uma das 2.500 escolas estaduais de Ensino Fundamental já tem definidas as suas metas, baseadas no Proalfa, a serem alcançadas. Um dos objetivos é aumentar significativamente o número de alunos no intervalo de desempenho superior do exame, o Recomendável. Crianças com desempenho classificado neste intervalo lêem frases e pequenos textos e começam a desenvolver habilidades de identificação do gênero, do assunto e da finalidade dos textos.
Os resultados dos últimos dois anos demonstram que políticas implementadas a partir de 2004 já produzem efeitos sobre a qualidade do ensino público no Estado. A avaliação do Proalfa/2007 revelou que as crianças de oito anos de idade estão lendo melhor na rede pública de ensino de Minas. O percentual de crianças com nível “recomendável” de leitura subiu para 58,1%, no ano passado. Em 2006, era de 45%. No nível recomendável, os alunos lêem frases e pequenos textos e apresentam compreensão do assunto e do conteúdo.
Outro dado importante é que também houve redução do percentual das crianças que não sabem ler ou não lêem bem. As taxas de alunos que estavam nos níveis “baixo e intermediário” caíram de 33,4% para 24,3% e de 21,4% para 17,6%, respectivamente. Em 2007, os exames atingiram 273.816 crianças.
A avaliação individual do aluno permite identificar os níveis de aprendizagem em relação à alfabetização, à leitura e à escrita. A iniciativa do Governo de Minas tornou-se um eficiente meio de orientação para políticas públicas transformadoras na área de educação, já que permite mapear exatamente onde estão localizados o sucesso e as dificuldades dos alunos por escola, rede de ensino e por município. As crianças matriculadas nos 2º, e 4º anos do Ensino Fundamental também são avaliadas por amostragem. Em 2007, 51.253 passaram pelo exame.
