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Sábado,15 de Novembro

Enquanto estudantes lutam pelo meio-passe, Demc abre mão de vale estudantil

Jornal O Norte
Publicado em 04/04/2008 às 10:46.Atualizado em 15/11/2021 às 07:29.

Fabíola Cangussu


Repórter



Depois de quase 16 anos de luta pela implementação do vale-transporte estudantil, adotadas em várias cidades do país, que garante o pagamento de apenas a metade da tarifa em vigor para o transporte coletivo, o presidente do Demc- Diretório dos Estudantes de Montes  Claros, Márcio Cardoso Silva, entregará ao prefeito Athos Avelino, o projeto Transporte coletivo Nota 10, aceitando a tarifa de R$1.



Caso fosse aprovado o projeto há 16 anos, hoje, todos os estudantes pagariam tarifa de R$ 0,77, o que representaria R$ 31 ao mês. Sem o projeto, cada estudante gasta com o transporte coletivo algo em torno de R$62. Pela proposta  do Demc, o estudante irá desembolsar R$ 40 mensais.



Ao ser interrogado sobre a possibilidade dessa nova proposta enfraquecer a luta pelo meio-passe, uma vez que o prefeito havia prometido incluir na licitação do transporte coletivo de 2007, o presidente do Demc afirmou que a proposta é para que os estudantes consigam garantir pelo menos o mínimo de suas reivindicações.



No último dia 27 de março, cerca de 4 mil estudantes pediram para que o  projeto do meio-passe nos ônibus coletivos da cidade seja aprovado ainda neste ano e que os vereadores possam olhar com mais atenção as necessidades das famílias montes-clarenses, que lutam com dificuldades para manter os filhos nas escolas. Na manifestão ficou decidido que um anteprojeto será encaminhado ao prefeito e após um prazo de 45 dias outra audiência será marcada com os estudantes, para apresentação de contraproposta.



O projeto alternativo do Demc consiste em criar linhas de transporte coletivo específicas para estudantes, uma vez que, seriam atendidos no meio estudantes secundaristas, alunos da rede pública estadual, municipal curso profissionalizantes e universitário com uma tarifa no valor de R$1.



Caso seja aprovado, o projeto não contempla os estudantes da rede privada. O que gera dois questionamentos – os estudantes das redes privadas que pagam altas mensalidades para obterem um ensino de melhor qualidade, algo que deveria ser obrigação do estado, não mereceriam ser beneficiados pelo projeto? O Diretório não deveria está lutando por toda a classe estudantil?

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