O curso de Comunicação Social/Jornalismo da Soebras/Crecih recebe, nesta semana, comissão de avaliação do Inep/Mec para renovação de reconhecimento. Os trabalhos da comissão serão concluídos nesta quarta-feira
Jerúsia Arruda
Repórter
jerusia@onorte.net
Nesta semana, a Soebras recebe uma comissão de professores designados pelo Inep/MEC - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação para avaliar o curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, do CRECIH - Centro Regional de Estudos em Ciências Humanas, instituição mantida pela Soebras.
A comissão, formada pelo doutor em Geografia e professor titular do Departamento de História da Fundação Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Madaguari/PR, Lauro César Figueiredo, e pela doutora em Ciências da Comunicação, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Beltrina da Purificação da Côrte Pereira, permanece em Montes Claros até o final desta quarta-feira.
Realizada de forma periódica com o objetivo de cumprir a determinação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Superior, a fim de garantir a qualidade do ensino oferecido pelas Instituições de Educação Superior, a avaliação dos cursos de graduação é um procedimento utilizado pelo Mec para o reconhecimento ou renovação de reconhecimento dos cursos, representando uma medida necessária para a emissão de diplomas. O reconhecimento de um curso pode ser feito no início do seu funcionamento ou quando a primeira turma está se formando.
O curso de graduação em Comunicação Social da Soebras/ Crecih foi criado em 1998 e reconhecido pelo ministério da Educação pela portaria n° 2.194, de 08 de agosto de 2003. Em nove anos, já formou cerca de 200 profissionais. A visita da comissão de avaliação, iniciada na última segunda-feira, tem como objetivo a renovação do reconhecimento do curso.
CRITÉRIOS
Conforme determinação do Inep/Mec, a comissão verifica a instituição nas áreas administrativa, didático/pedagógica e físico-estrutural, com caráter mais normativo e menos punitivo. Entre os aspectos avaliados, serão considerados a qualidade do corpo docente, o desempenho dos alunos, as instalações, pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, entre outros.
O professor Lauro César diz que esta é a oitava comissão de que participa e a primeira a avaliar um curso de Jornalismo, e que a experiência tem sido muito enriquecedora.
- Cada instituição tem sua especificidade e nem sempre o que é bom para uma, tem utilidade para outra, depende muito, entre outras coisas, da região em que está localizada, por exemplo. Estar em contato com toda essa diversidade é um aprendizado constante e esse aprendizado, além de nos proporcionar uma visão mais holística de como funciona o ensino superior no país, também contribui para nosso desempenho nas instituições onde atuamos – ressalta o professor.
Beltrina Côrte participa pela segunda vez de uma comissão de avaliação e diz que, ao receberem a documentação da instituição para leitura prévia, chegaram a duvidar, mas, apesar de ainda terem muito a analisar, num primeiro momento, no contato in loco, tomou uma dimensão positiva.
- Na hora da avaliação é preciso despir de alguns conceitos fundamentados pela instituição onde trabalhamos ou que conhecemos e temos como positivo, porque cada instituição tem suas características próprias e não podemos fazer uma análise comparativa, mas com a maior isenção possível. Claro que a vivência como professores, aliada aos critérios do Inep, é fundamental para fazermos uma avaliação justa, e é importante analisarmos não só a instituição, mas todo o contexto em que está inserida. Nesse primeiro momento, posso dizer que a curso avaliado ganhou uma dimensão maior do que a que esperávamos, até porque, no papel, as informações sempre são perfeitas e esse contato in loco é que esclarece tudo. Encerramos nosso trabalho na quarta-feira e, em quinze dias, a Soebras terá acesso ao resultado da avaliação. A partir daí, fica faltando somente o conceito final, que será dado pelo Inep/Mec – explica a professora.
RESULTADOS
Lauro ressalta que a avaliação é importante, pois contribui para que a sociedade conheça a qualidade de cada estabelecimento de ensino e tenha parâmetros para escolher onde cursar a graduação.
- Além disso, a IES tem um parâmetro para medir a qualidade do serviço que oferece e, se necessário, um prazo para fazer a reestruturação de forma que atenda às exigências do Inep. Ao final do processo, podemos concluir que a avaliação só tem a contribuir para a melhoria da qualidade do ensino superior no país – conclui.
A diretora do Crecih, Ana Cristina Couto Amorim, e o coordenador do curso de Jornalismo, Elpídio Rocha, dizem que, nos últimos anos, a instituição vem se reestruturando para atender aos critérios exigidos pelo Mec e é o que estão apresentando aos avaliadores. Segundo eles, a expectativa é de que o curso tenha seu reconhecimento renovado com o conceito máximo do Mec.
