Estudantes do Ímpar participam de uma série de atividades para conhecer melhor a história de Montes Claros. O encerramento das atividades acontece nesta sexta-feira, com exposição e apresentações artísticas

Jerúsia Arruda


Repórter


jerusia@onorte.net

Na manhã desta quinta-feira, 12, estudantes do colégio Ímpar visitaram o parque gráfico de O Norte, para conhecer de perto como é o processo de produção de um jornal.

De acordo com a diretora do colégio, Haydée Cristina Neves Vieira, a visita faz parte de uma jornada de atividades, que acontece desde o mês de junho, com o objetivo de mostrar às crianças como se dá o desenvolvimento da cidade.

- Iniciamos uma programação especial no mês passado, em comemoração aos 150 anos de Montes Claros, com participação de todos os alunos do Ímpar. Cada turma ficou com um tema de estudo, em diversas áreas, como aspectos econômicos, lazer e esporte, fauna e flora, patrimônio histórico, festas tradicionais, entre outros. Nossa proposta é mostrar às crianças os diversos aspectos da cidade, com atividades lúdicas e interativas – explica a diretora.

Durante a visita ao parque gráfico, os 41 alunos, estudantes da 3ª e 4ª séries do ensino fundamental, acompanhados das professoras Kátia Idalina, Ana Alice e Marta Syomara, ficaram atentos a todos os detalhes, fizeram muitas perguntas e se encantaram com o processo de impressão do jornal.

Estudantes do colégio Impar visitaram o parque gráfico de O Norte


na manhã de quinta-feira (foto: Wilson Medeiros)

Segundo Haydée, a turma de 3ª e 4ª séries estudou os aspectos econômicos de Montes Claros.

- Os alunos também visitaram o Shopping Popular e o Café Letícia. As outras turmas visitaram igrejas, parques e clubes, de forma que pudessem conhecer de perto os aspectos avaliados - completa.

Nesta sexta-feira, o Ímpar promove uma feira de arte, onde as turmas vão expor os resultados dos estudos e pesquisas.

- Quando a criança expõe o que aprendeu, ela consegue fixar melhor o aprendizado, além de desenvolver a capacidade de expressão, da oralidade. A feira será aberta à participação dos familiares e da comunidade e isso é um estímulo ainda maior para as crianças, que se sentem valorizadas por terem a família participando do processo de aprendizagem – ressalta Haydée.

ÍMPAR - ESCOLA DE CRIANÇA

Com a filosofia sedimentada na inserção social, que busca oferecer à criança o direito de ser ouvida e compreendida, o Ímpar - Escola de Criança foi criado em 2004, resultado da junção dos colégios Indyu e Integral, para atender à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries.

Segundo Haydée, que trabalha na Educação há 15 anos e está à frente do Ímpar desde sua fundação, o colégio foi criado com a proposta de oferecer um espaço mais adequado para as crianças na faixa etária de um ano e meio até, aproximadamente, 10 anos.

- Desenvolvemos um processo educativo que proporciona um ambiente acolhedor, tranqüilo e que favorece o desenvolvimento integral da criança. Para isso usamos uma estratégia pedagógica que busca alternativas criativas onde a criança está constantemente aprendendo a construir e construindo para aprender – explica.

Além dos recursos físicos como piscina, horta, mini-cidade, parquinho, tanque de areia, salas planejadas e amplo pátio de recreação, o que beneficia as atividades esportivas e artísticas de forma interativa, segundo a diretora, o processo ensino-pedagógico do Impar é embasado na Teoria Construtivista, com metodologia pedagógica eclética, que busca desenvolver a autonomia do aluno. Para isso, os professores promovem rodas de discussão, situações e problemas que instiguem a imaginação, raciocínio lógico e criatividade das crianças.

Haydée diz que esse processo exige constante diálogo e reavaliação da prática pedagógica e administrativa, o que reflete diretamente no cotidiano da escola.

- Quando a criança se sente segura e acolhida ela constrói uma imagem positiva de si mesma e dos outros. Para isso, criamos situações que contribuem para seu desenvolvimento social, cognitivo, afetivo e psicomotor, que auxiliam na compreensão da realidade, na relação e ação com o meio, e na leitura crítica do mundo, sempre respeitando a diversidade e valorizando suas potencialidades – diz.

Entre essas atividades, Haidée destaca as que evolvem as linguagens oral, escrita, matemática, corporal, plástica e musical, onde as crianças fazem suas próprias escolhas, tomam decisões e fazem descobertas, sempre monitoradas pelo educador, que provoca sua adaptação a um novo processo.

- As atividades que realizamos neste mês incluíram todos esses elementos e, durante a feira, os alunos vão compartilhar entre si e com seus familiares os novos conhecimentos que adquiriram. Na feira, teremos várias apresentações, como as festas de agosto, exposição de fotos das visitas, entre outras atividades. Essa interação com a família e com a comunidade é muito importante para o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, expressão corporal e imaginação das crianças – conclui a diretora.