Jerúsia Arruda
Repórter
jerusia@onorte.net
Ao pensar em vestibular, o estudante geralmente sente certo incômodo, pois muitas vezes o estudo não é a garantia de sua aprovação. É normal ouvir de alguém que vai prestar vestibular, expressões como - E se eu não passar? E se me der um branco? E se eu não conseguir sair bem na prova? Se todos os meus colegas forem aprovados e eu não?
Preocupados em, além de oferecer um ensino de qualidade, preparar psicologicamente os alunos para vencer os próprios limites, professores do colégio Integral desenvolvem um plano de ensino que tem dado bons resultados.
No último processo seletivo, por exemplo, dos 36 alunos matriculados no terceiro ano do Ensino Médio, 17 foram aprovados na Unimontes e 12 em faculdades particulares, muitos nos primeiros lugares, além de obterem boas notas no PAES.
DEDICAÇÃO
Segundo a diretora Nilva Vilasboas Mendes, que atua na área de educação há 35 anos, oito deles no colégio Integral, esse resultado se deve, além da dedicação dos professores, à dinâmica que a equipe do colégio adotou, de preparar o aluno desde as primeiras séries, fortalecendo nas bases, aplicando provas duas vezes por semana para que possam se acostumar ao clima de estresse que normalmente se instaura nesse momento, fazendo um acompanhamento mais de perto de cada aluno, considerando suas características individuais e conhecendo melhor o histórico social de cada um deles.
CAÇA-TALENTOS
Nilva diz que dos 350 alunos hoje matriculados no colégio, 70% são bolsistas, oriundos de escolas públicas.
- Uma preocupação da instituição é investir no aluno e periodicamente, através do projeto Caça-talentos, fazemos uma seleção de alunos de escola pública que tenham média 8 e os convidamos para estudar aqui. Então, hoje, temos alunos com bolsas integral e parcial, e ainda temos vagas para novos alunos - explica a diretora, que diz que, para conseguir uma bolsa não é preciso esperar o caça talentos.
- Basta o aluno apresentar uma declaração da escola de origem. A equipe do colégio Integral faz uma avaliação e o classifica como bolsista, com desconto de 10% a 100%, de acordo com a média alcançada, oferecendo todas as condições para que possa se manter no Colégio, inclusive o uniforme.
COLÉGIO INTEGRAL
Fundado em 1993 por uma cooperativa educacional mantida por bancários, o colégio Integral teve 50% de suas ações adquiridas pelo professor Ruy Adriano Borges Muniz, em 2000. Nessa época possuía apenas 50 alunos. Investindo em infra-estrutura e capacitando profissionais - professores, coordenadores e auxiliares -, o Integral se tornou uma escola de ponta, atingindo índices acima da média em avaliações como Enem.
DIFERENCIAL
Segundo Nilva, os alunos ainda são o maior diferencial da escola.
- Sabemos que a maioria dos estudantes de escola pública é de origem humilde e, muitas vezes, tem a auto-estima comprometida pelas muitas divergências sociais a que é submetida. Por causa disso, quase não temos procura espontânea por vagas para bolsistas. Mas os alunos que conseguem chegar até aqui, recebem o mesmo tratamento daqueles que não são bolsistas e fazem jus ao esforço de nossa equipe, dedicando aos estudos e buscando resultados cada vez melhores. Nossa satisfação é saber que muitos desses alunos, muitas deles às vezes sem oportunidade de estudar em uma escola particular, estejam indo muito além, conquistando os primeiros lugares na universidade. Para nós é muito gratificante – argumenta.
VAGAS PARA BOLSISTAS
Neste ano, o colégio Integral tem 35 alunos matriculados no terceiro ano do Ensino Médio e, segundo Nilva, a expectativa é de que a maioria seja aprovada no vestibular do ano que vem.
- Fica aberto o convite aos pais que têm filhos em escola pública, que têm atingido boas médias nas provas e que gostariam de estudar em nossa escola, para que tentem uma bolsa no colégio Integral - convida a diretora.