Paula Machado
Repórter
Com a chegada da terceira idade muitas pessoas pensam que a vida acaba. É uma idade que precisa de mais cuidados, mas que não deixa de ser uma fase boa da vida. Para quem pensa que a velhice é a fase de ficar em casa se balançando na cadeira ou em cima de uma cama descansando, se engana. Em Montes Claros, várias senhoras descobriram que ainda podem se divertir e fazer as coisas que gostam graças ao projeto desenvolvido nas faculdades Funorte situada no campus Amazonas.
Através do projeto Arte Educação, implantado há cerca de dois anos e meio, cem pessoas, a partir de 35 anos de idade, participam de atividades, como artesanato, bordados, ginástica, hidroterapia, além de palestras - ministradas pelos acadêmicos dos cursos da instituição.
O projeto é coordenador por Elizabeth Anne Barbosa Lopes (Pedagoga), e de Martha Suelly Novais (Fisioterapeuta).
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
No Arte Educação são produzidos artesanatos usando materiais desde a sucata, como também com jornais, garrafas pet’s e outros tipos de produtos.
Com o projeto, estão sendo resgatados bordados manuais como pontos corrente, hastes, palestrinas, crochê, bahinha, e artigos de cama, mesa, banho, e vestuário.
- Com essas atividades as senhoras que pensavam que a vida tinha acabado, ficam com a auto-estima restaurada. Elas aprendem que mesmo nessa idade ainda podem se divertir, que podem fazer o que gostam – afirma Meire Fonseca leite, coordenadora administrativa do campus Amazonas.
- Eu normalmente ficava em casa cuidando dos afazeres domésticos para me distrair. No projeto além de me divertir e me exercitar, porque faz bem à saúde, fiz novas amizades – explica feliz dona Inês Vieira, 60 anos.
EXPOSIÇÕES
Os materiais produzidos pelas alunas são expostos uma vez por mês no campus Amazonas e todo domingo na feira de artesanato da Praça da Matriz. Também já ficam à disposição para a apreciação do público em eventos importantes da cidade como a Expomontes, as festas de Agosto e nos diversos seminários promovidos pela Funorte, entre eles na assembléia l com o tema Caminhos do Norte e no Empório do artesanato.
- Depois de aprenderem a bordar com qualidade, a cada três peças produzidas, uma é da artesã e duas serão vendidas, e o valor arrecadado é investido em material e eventos como: aniversários, festas juninas, natal, entre outras – explica Meire.