Com o objetivo de promover uma discussão sobre a disseminação de informações falsas e destacar a relevância do jornalismo ético na nossa sociedade, na última quinta-feira (21), duas turmas do ensino médio da Escola Estadual Simeão Ribeiro, localizada no bairro Santa Rita, tiveram a oportunidade de receber a visita de dois jornalistas que são ex-alunos da Funorte. Durante uma oficina de produção jornalística, os estudantes puderam participar de atividades que complementaram seu aprendizado em sala de aula, fazendo parte da avaliação pedagógica. 

“Receber um editor de jornal e um editor chefe de um jornal televisivo para falar com nossos alunos foi muito importante para o produto final que foi a criação de uma reportagem tanto escrita quanto em vídeos onde os alunos puderam aprender um pouco dessa técnica na comunidade escolar”, comenta o professor Luiz Filipe Rodrigues dos Santos; responsável pela elaboração da oficina e mediador das discussões em sala de aula. 

A oficina ocorreu dentro da disciplina de Pesquisa e Intervenção em parceria com Sociologia; integrando a etapa atual de aquisição empírica da pesquisa científica. Ainda de acordo com Rodrigues, que vem trabalhando com os alunos investigações semanais sobre comunicação consciente no âmbito do consumo consciente da informação, a proposta é feita por meio de uma revisão bibliográfica com apanhado histórico dos meios de comunicação e seus principais conceitos. 

“Estamos abordando com nossos alunos a etapa que fala do papel da imprensa, a desinformação e as fakes News, onde nos preocupamos com cada um deles e vemos que a escola é o principal espaço para analisar uma notícia e ter uma ferramenta analítica necessária para chegar se algo é verdadeiro. Tudo isso contribui para a formação dos nossos alunos”, completa. 

Mylena Eravisto, aluna do 1° ano que participou da oficina, explica que o trabalho contribuiu bastante para entender sobre tudo que envolve uma reportagem — “Hoje em dia, com as redes sociais muito livres uma fake news acaba convencendo alguém de um fato mentiroso, principalmente pela boca a boca na disseminação. E a oficina nos ajudou a saber no que acreditar e ao mesmo tempo não cair numa desinformação, e pudemos produzir a nossa própria notícia com coerência e veracidade, como disseminá-la e ainda termos um norte sobre a profissão do jornalista”, diz.
 
LETRAMENTO JORNALÍSTICO
Para os egressos do curso de jornalismo da Funorte, o editor do jornal O NORTE, Alexandre Fonseca; e o editor-chefe da Inter TV, Henrique Corrêa, essas ações dentro de sala de aula são importantes ferramentas para o processo de letramento jornalísticos dos estudantes.

“Esse tipo de abertura dentro da sala de aula, para essas discussões, como a fake news, é relevante porque ensina ao aluno formas seguras dele se informar e não propagar notícias desencontradas. Uma vez que os adolescentes estão mais expostos à internet e sua problemática” comenta Fonseca.

“A educação e a comunicação são duas áreas que caminham bem próximas. Muitas vezes, o nosso trabalho no jornalismo se transforma em conteúdo para debate em diferentes atividades na sala de aula e até como texto base de questões em provas. Estar junto de estudantes é alinhar o que fazemos também com a expectativa do nosso público de hoje e do futuro”, completa Corrêa.

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