De uniforme e máscara

Alunos da rede municipal voltam às salas de aula com medidas de proteção

Larissa Durães
O NORTE
Publicado em 22/02/2022 às 09:36.
 (fotos larissa durães)

(fotos larissa durães)

Depois de quase dois anos longe das salas de aula, com o ensino sendo ofertado remotamente por causa da pandemia, os 35 mil alunos da rede municipal voltaram às escolas em Montes Claros nesta segunda-feira.

Cercados de cuidados, meninos e meninas da educação infantil e do ensino fundamental deram exemplo de como se proteger do coronavírus. Máscaras no rosto, mãozinhas esticadas para receber o álcool em gel e muito cuidado na hora de encontrar os coleguinhas.

No Cemei do Major Prates, os pequenos mostraram que estão preparados para conviver com as medidas de prevenção. “A gente colocou álcool nas mãos das crianças e elas abriram as mãozinhas e esfregaram com muita naturalidade, estão acostumadas, uma gracinha, além de todas estarem de máscara”, diz a supervisora de ensino da unidade, Cássia Silveira.

O quadro que presenciou deixou tranquilo José Carlos Belém, pai de Rebeca, de 4 anos, que está estreando na escola. “Estou vendo que todas as crianças estão de mascarazinha, já são bem sábias para a idade delas, porque tem gente grande que não quer usar. Elas estão de bom comportamento. Então, acho que vai dar certo”, diz José Carlos, que acredita que a escola vai fazer sua parte e as crianças também.

Defensor da vacina contra a Covid-19, o pai de Rebeca diz que ela só não recebeu a dose ainda porque não chegou aos 5 anos – idade mínima até então para que as crianças sejam imunizadas contra o coronavírus.

“Ela já até queria vacinar essa semana. Ficamos tentados em levá-la, mas pensamos melhor e vamos esperar chegar a idade. Mas ela vai vacinar”, diz, taxativo.
 
SEGURANÇA
A secretária municipal de Educação, Rejane Veloso, garantiu em reunião que aconteceu na segunda-feira da semana passada (14), no auditório da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), para os profissionais da educação municipal, que nada faltará nas escolas de Montes Claros para garantir o ensino com segurança.

“Nós vamos ter tablets, material escolar, sem falar nos equipamentos de proteção individual (EPIs). Então, acredito que vamos estar mais seguros”, garantiu. 

Segundo Cássia Silveira, do Cemei do Major Prates, todos os cuidados estão sendo tomados. A unidade tem mais ou menos 300 crianças matriculadas. “Por isso, todo cuidado é pouco. Estamos seguindo os protocolos da Secretaria Municipal de Saúde para receber os alunos”, garante.
 
PAIS DO LADO DE FORA
Uma das medidas adotadas no Cemei é de que os pais entreguem os filhos na porta da escola. Para entrar, eles teriam que apresentar o comprovante de vacinação, mas como a instituição não teria condições de avaliar o documento de cada um, decidiu que apenas os alunos e profissionais teriam acesso à unidade. “Neste momento, só os alunos entraram, os pais ficaram na porta”, explica Cássia.

Ainda sem vacina
Como O NORTE mostrou na edição de sábado, mais de 30 mil crianças de 5 a 11 anos de idade ainda não foram vacinadas contra a Covid-19 em Montes Claros. O boletim divulgado na última sexta-feira (18) mostrava que apenas 26% desse público já havia recebido a primeira dose.

Para a supervisora de ensino do Cemei do Major Prates, Cássia Silveira, é uma questão de tempo que todos os meninos e meninas estejam imunizados contra a doença. “A gente sabe que nem todas vacinaram. Tivemos reuniões com os pais e até falamos com eles sobre a necessidade e da importância da vacinação. Pretendemos fazer campanhas, pois acreditamos na vacinação”, diz.
 
SINTOMAS 
Caso algum aluno, professor ou funcionário das escolas manifestem algum tipo de sintoma, independentemente se for Covid ou não, as normas de condução do caso são bem claras.

“Estamos seguindo o protocolo que determina que qualquer um que tossir ou gripar não pode ir à escola. Caso manifestar sintomas dentro da escola, é afastada e mandado para casa, imediatamente”, explica Cássia.

Para voltar a frequentar a instituição, de acordo com ela, será necessário apresentar o teste com resultado negativo. “Caso seja positivo e for funcionário, vai trabalhar em casa. Se não puder, tem que apresentar o atestado. Se for criança, vai ficar em casa até passar”, informa.

Em caso de surto – caracterizado por um número maior de confirmações –, a unidade de ensino terá as atividades temporariamente suspensas.


 

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