Sem salário de novembro, educação entra em greve

Servidores param as atividades a partir de amanhã em protesto contra atraso no pagamento; Prefeitura diz que sem repasse do Estado não tem como quitar folha

Manoel Freitas
11/12/2018 às 08:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:30
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

Depois de o prefeito Humberto Souto anunciar que o pagamento de novembro dos servidores da educação só será realizado após o Estado liberar os repasses atrasados há meses, a categoria realizou uma manifestação ontem e, à tarde, decidiu paralisar as atividades a partir de amanhã.

Com a suspensão das aulas, 34 mil alunos da rede municipal de ensino poderão ser prejudicados nessa reta final do ano letivo. No entanto, segundo o secretário Municipal de Educação, Benedito Said, os estudantes teriam apenas mais uma semana de aula e quase a totalidade já havia realizado as provas finais.

Sobre o possível impacto na finalização do ano, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Sistema Público Municipal de Montes Claros não soube informar em que ponto está o andamento dos trabalhos nas escolas.
 
MANIFESTAÇÃO
Ontem, representando cerca de 4 mil servidores da educação, 30 educadores realizaram o ato “Pagando o mal com o bem”. Eles doaram sangue ao Hemocentro Regional, que atende a 38 hospitais de 26 municípios do Norte de Minas.

Após o ato simbólico em protesto contra o atraso no pagamento do salário de novembro, a categoria decidiu pela paralisação. As atividades só serão retomadas, segundo nota emitida pelo sindicato, após o pagamento do salário ser depositado em conta.

Em carta enviada ao secretário de Planejamento e Gestão, Cláudio Rodrigues de Jesus, a entidade representativa da classe reafirma seu compromisso com a luta por direitos, lembrando que, além da questão do atraso no pagamento, a paralisação é motivada pela falta da regulamentação do Plano de Carreira.

O secretário Benedito Said alegou que nos últimos meses a prefeitura já gastou R$ 25 milhões de recursos próprios para custear a folha da educação, que é responsabilidade do Estado, e que não tem como efetuar o pagamento dos salários relativos a novembro, porque “chegou ao fundo do poço”.
Ressaltou que o governo do Estado deixou de repassar ao município R$ 40 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

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