Pandemia antecipa modelo híbrido de educação

Para Ruy Muniz, ensino remoto veio para ficar e agregar possibilidades para alunos e professores

Márcia Vieira
O NORTE
15/04/2021 às 00:45.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:41
 (Álvaro Henrique/Secretaria de Educação do DF/Divulgação)

(Álvaro Henrique/Secretaria de Educação do DF/Divulgação)

O retorno às aulas tem sido constantemente debatido nos últimos meses. Há vertentes que defendem que o risco para os estudantes é reduzido e que as escolas, principalmente as privadas, teriam condições de oferecer ambiente seguro aos alunos. Outros já alertam que o retorno à sala de aula pode ser como uma bomba para crianças, adolescentes e professores.

Enquanto não há um consenso para isso, o ensino remoto é a opção. Mas ele escancara ainda mais a distorção do ensino no país quando se confronta a educação privada e a pública. Para o professor e médico Ruy Muniz, fundador do Centro Universitário Funorte e de escolas do ensino fundamental – como o Indyu e o Ímpar – em Montes Claros, o prejuízo é ainda maior para a educação infantil, devido à dificuldade de adaptação das crianças à educação a distância.

“Mas as crianças a partir de 6 anos demonstraram adaptação e puderam dar continuidade ao aprendizado por meio remoto”, afirma o gestor. Segundo Muniz, a Rede Soebras já havia colocado em prática o modelo de plataformas digitais desde 2018, promovendo meetings e outras atividades.
 
NOVO MODELO
O modelo foi intensificado durante a pandemia no ensino fundamental e universitário. Ruy Muniz salientou, em entrevista ao programa “Gestores na Pandemia”, que o modelo híbrido veio para ficar e que a pandemia apenas acelerou a situação.

“Houve uma perda educacional especialmente no segmento público, mas o Brasil tem satélite com internet para todos desde o governo Michel Temer. Este mecanismo está disponível para os espaços públicos, basta ter uma antena que capta o sinal via satélite. É um investimento barato, que atende as zonas urbana e rural. É uma maldade o poder público não investir nisso”, explicou Ruy Muniz.

A jornalista Ana Paula Damasceno, apresentadora do programa do Canal Universitário, destacou que a entrevista com o gestor montes-clarense levantou pontos importantes e que servem de exemplo aos demais administradores que podem transformar realidades na pandemia.

“A forma como este gestor enfrenta a pandemia em suas organizações faz a diferença na vida de muitos, sustenta empregos e abre caminhos para o futuro da educação e da saúde”, pontuou.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por