Oficinas criam alternativas didáticas para a cultura afro

Jornal O Norte
23/08/2005 às 17:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:50

No encerramento do I Encontro pedagógico para a igualdade racial, inserido na programação do 27º Festival folclórico, em Montes Claros, houve a realização de oficinas que buscaram, sobretudo, criar alternativas didáticas para a inserção de aspectos culturais e históricos afro-brasileiros no currículo escolar.

Prevista na Lei 10.639, que trata da igualdade racial, a medida não requer a criação de uma nova disciplina, mas da abordagem do assunto nas aulas de história, literatura, educação artística e educação religiosa.

Participaram do evento, que ocorreu das 7h30 às 13 horas, no Colégio Marista São José, bairro Roxo Verde, cerca de 200 educadores, entre supervisores e professores de História, Artes, Literatura, Português e Educação Religiosa que atuam do 5º ao 8º ano do ensino regular, além de professores de História e Português do 5º ao 8º período da suplência e de professores de 1ª à 4ª etapa do Proaja - Programa de alfabetização de jovens e adultos oriundos das redes públicas municipais e estaduais.

Um dos professores instrutores, o mestrando em Culturas Urbanas, Daniel da Silva Oliveira, graduado em História e pós-graduado em História do Brasil, explicou que a iniciativa propicia ao corpo docente lançar um novo olhar sobre a cultura afro-brasileira, tema das oficinas, fugindo do padrão didático normal.

MUDANÇAS

Segundo Daniel Silva, esse novo olhar poderá ser feito basicamente por meio da inclusão nos planos de aula de elementos característicos da música, religião e literatura originários da África. Caso do rip-rop, samba, axé, maracatu e jongo, musicalidade; do candomblé, religião; e da literatura marginal, construída na periferia das cidades visando oportunizar o acesso à leitura àqueles que, teoricamente, não têm condições de entrar numa universidade.

Os outros instrutores foram Jovanildo Ferrez, precursor da literatura marginal com o livro Capão do Pecado, o professor de História, Sociologia e Filosofia, João Carlos Pio, responsável pela oficina de História; a pedagoga aposentada, e mestre em Educação, Consuelo Dores Silva, que ministrou a oficina de Português/Literatura; e a professora de Artes, Luciana Matias, que, acompanhada de Daniel Oliveira coordenou a oficina de Artes e Educação Religiosa. Eles atuam em Contagem e Belo Horizonte.

O Encontro Pedagógico aconteceu de 18 a 20 de agosto.

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