Funorte realiza curso de pós-graduação em Saúde coletiva

Jornal O Norte
15/09/2005 às 10:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:51

Jurúsia Arruda


Colaboração para O Norte

A tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil que, com outros 21 países em desenvolvimento, albergam 80% dos casos mundiais da doença. De acordo com dados do ministério da Saúde, estima-se que 50 milhões de pessoas, o que representa 1/3 da população brasileira, estejam infectadas pelo bacilo de Koch, microorganismo propagador, com possibilidades de desenvolver a doença de várias formas. Esse número, entretanto, não representa a realidade do país, pois muitos doentes não são diagnosticados nem registrados oficialmente.

Apesar dos importantes resultados obtidos nos últimos anos, atualmente, o percentual de cura da tuberculose não ultrapassa 75% dos casos, embora o Brasil tenha sido o primeiro país a implantar o tratamento de curta duração – seis meses – em 1980, obtendo relativo sucesso inicial. O percentual insatisfatório de cura decorre, sobretudo, do abandono do tratamento que, logo de início, confere ao paciente uma melhora notável.

UNIDADES BÁSICAS

A reversão desse quadro depende, principalmente, dos profissionais de saúde, sobretudo daqueles que integram as equipes das unidades básicas. Essas equipes precisam estar atentas e devidamente capacitadas para informar a população acerca da doença e dos meios de preveni-la, bem como para realizar o pronto diagnóstico dos casos suspeitos, iniciar rapidamente o tratamento e acompanhar os pacientes, de modo a garantir-lhes a cura plena.

Ciente dessa necessidade, a diretoria de pós-graduação da Funorte - Faculdades Unidas do Norte de Minas, através do curso de especialização em Saúde Coletiva, recebeu no último final de semana, dias 10 e 11 de setembro, o professor Guilherme Freire Garcia, especialista em Pneumologia e Tisiologia e mestre em Infectologia e Medicina Tropical, para ministrar aula sobre Tuberculose, na disciplina Saúde do Adulto.

EQUIPES DO PSF

Os alunos do curso de Saúde Coletiva são, em sua maioria, médicos, enfermeiros e outros profissionais da área da saúde, integrantes das equipes de saúde da família do Norte de Minas e Sul da Bahia. A aula teve como objetivo auxiliar tanto na abordagem clínica do paciente, quanto nas questões operacionais das ações de controle de tuberculose no Brasil.

O professor Guilherme é pneumologista da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte e do Hospital Eduardo de Menezes, da Fhemig – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais. Em sua palestra, ele falou sobre as normas que orientam as ações de controle da tuberculose e as estratégias que devem ser adotadas para que os doentes sejam diagnosticados e tratados com sucesso em todos os serviços de saúde.

O curso de pós-graduação latu sensu em Saúde Coletiva com ênfase em saúde da família teve início em janeiro de 2005, com a coordenação da especialista em saúde pública e diretora de pós-graduação da Funorte, Ana Cristina do Couto Amorim, e se encerrará em dezembro de 2005.

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