Curso aborda evolução do Brasil através de análise musical

Jornal O Norte
21/10/2005 às 10:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:53

Jerúsia Arruda


Repórter

A II Semana da Educação do Isemoc, que começou dia 17, recebe o doutor em História Política, diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, João Pinto Furtado, para ministrar mini-curso dentro da programação na área de História.

Com uma metodologia inovadora, ele fala sobre a evolução do processo histórico, político e social do Brasil através da análise de músicas, fazendo uma reflexão sobre o as relações entre a cultura e a educação, abordando os temas Canção e história do tempo presente. Brasil: 1964-200 e Imagens de Minas e do Brasil: Inconfidência mineira e suas representações.

Levando em consideração que a música que se ouve no rádio, no toca-discos e na televisão é parte da nossa cultura, daquilo que informa sobre o Brasil contemporâneo  e que, com a correria do dia-a-dia, nem sempre se tem oportunidade para perceber, o curso propõe  dar os elementos para  essa análise, orientando os alunos para que possam fazer esse percurso teórico e tentar ver com olhar mais crítico e analítico aquilo que está ao seu redor

Segundo o professor João Furtado, usar a música como fonte privilegiada para entender a evolução histórica é um objeto relativamente novo no plano da historiografia, mas tem se revelado muito promissor e interessante.

SOBRE O CURSO

O curso começou com um pouco de música indígena, depois abordou o Modernismo, o Barroco e foi, a partir desses diferentes estilos, tentando mostrar como a música é uma testemunha da história. Depois veio a jovem guarda, a canção de protesto até chegar no rap, que é mais contemporânea e expressa uma identidade mais urbana de populações excluídas. Ao longo do curso, foi possível percorrer os principais eixos da história do Brasil, particularmente a constituição da cultura nacional e do espaço político, no qual a música tem um lugar muito importante.

FINA SINTONIA

A II Semana da Educação busca exatamente promover um entrosamento dos cursos para que os alunos possam se conhecer e perceber que compartilham interesses comuns. No curso de João Furtado estavam presentes alunos dos cursos de História, Geografia, Normal Superior e Letras, que mostraram uma sintonia muito grande com a metodologia e fizeram comentários pertinentes e estimulantes, revelando uma diversidade de gostos e disposição pra dar continuidade a esse tipo de investigação.

NOVOS OLHARES

Para Helen Parrela, coordenadora do evento, a proposta da Semana é uma troca de conhecimentos que normalmente a rotina de sala de aula, embora extremamente importante, não permite.

- Estamos trazendo pesquisadores, estudiosos em diversas áreas de pesquisa, com o objetivo de permitir a renovação da rotina da escola através da inclusão e ajudando ampliar os horizontes dos alunos.

Numa promoção da coordenação de Extensão e Pesquisa e coordenação dos cursos Normal Superior, Letras, História e Geografia do Isemoc, a II Semana da Educação termina amanhã, 21, com apresentação de trabalhos científicos e mini-curso com o tema O ensino da monografia aplicado à geografia, além de palestras e oficinas no campus São Luis e Indyu durante todo dia e à noite, a partir das 19h, no colégio São Norberto.

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