(Álvaro Henrique/Secretaria de Educação do DF/Divulgação)
O retorno às aulas tem sido constantemente debatido nos últimos meses. Há vertentes que defendem que o risco para os estudantes é reduzido e que as escolas, principalmente as privadas, teriam condições de oferecer ambiente seguro aos alunos. Outros já alertam que o retorno à sala de aula pode ser como uma bomba para crianças, adolescentes e professores.
Enquanto não há um consenso para isso, o ensino remoto é a opção. Mas ele escancara ainda mais a distorção do ensino no país quando se confronta a educação privada e a pública. Para o professor e médico Ruy Muniz, fundador do Centro Universitário Funorte e de escolas do ensino fundamental – como o Indyu e o Ímpar – em Montes Claros, o prejuízo é ainda maior para a educação infantil, devido à dificuldade de adaptação das crianças à educação a distância.
“Mas as crianças a partir de 6 anos demonstraram adaptação e puderam dar continuidade ao aprendizado por meio remoto”, afirma o gestor. Segundo Muniz, a Rede Soebras já havia colocado em prática o modelo de plataformas digitais desde 2018, promovendo meetings e outras atividades.
NOVO MODELO
O modelo foi intensificado durante a pandemia no ensino fundamental e universitário. Ruy Muniz salientou, em entrevista ao programa “Gestores na Pandemia”, que o modelo híbrido veio para ficar e que a pandemia apenas acelerou a situação.
“Houve uma perda educacional especialmente no segmento público, mas o Brasil tem satélite com internet para todos desde o governo Michel Temer. Este mecanismo está disponível para os espaços públicos, basta ter uma antena que capta o sinal via satélite. É um investimento barato, que atende as zonas urbana e rural. É uma maldade o poder público não investir nisso”, explicou Ruy Muniz.
A jornalista Ana Paula Damasceno, apresentadora do programa do Canal Universitário, destacou que a entrevista com o gestor montes-clarense levantou pontos importantes e que servem de exemplo aos demais administradores que podem transformar realidades na pandemia.
“A forma como este gestor enfrenta a pandemia em suas organizações faz a diferença na vida de muitos, sustenta empregos e abre caminhos para o futuro da educação e da saúde”, pontuou.