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Sexta-Feira,18 de Outubro
14 mil empresas beneficiadas

Sebrae lança Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas

Da Redação*
Publicado em 06/06/2022 às 22:24.

Só em Montes Claros são mais de 30 mil microempreendedores individuais (MEI), número que aumentou consideravelmente durante a pandemia (rovena rosa/agência brasil)

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) realiza uma campanha para apoiar os pequenos negócios que tenham empréstimos com parcelas em atraso. Podem aderir também aquelas que estiverem com garantia do Fundo de Aval do Sebrae (Fampe).

A proposta é oferecer melhores condições aos micro e pequenos negócios para renegociar dívidas e voltar à normalidade dos fluxos de pagamento.

A campanha inclui um ciclo de palestras on-line no canal do Sebrae no YouTube, até sexta-feira (10). Ao longo de todo o mês, o Sebrae oferecerá orientação financeira às empresas que queiram readequar seu fluxo de caixa às novas condições do empréstimo. 

Segundo a entidade, a estimativa é beneficiar cerca de 14 mil empresas entre microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte.

A Campanha Nacional de Renegociação de Dívidas conta com o apoio de instituições parceiras como Banco do Brasil, Caixa, Serasa, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul, Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro, Agência de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Agência de Desenvolvimento do Estado de Goiás, Sociedade de Crédito Direto – ACCrédito e Banco Original.
 
SOB CONTROLE
Segundo o gerente de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Caetano Minchilo, a campanha vem em um momento em que a inadimplência das empresas da base do Sebrae junto ao Fampe ainda não cresceu frente ao mercado e, por isso, a ideia é manter os números nesses patamares.

“O que queremos é manter a adimplência, conseguir dar para esses pequenos negócios que têm uma parcela grande do seu faturamento comprometida com parcelas de crédito uma oportunidade de alocação dessas dívidas para que esse impacto frente ao seu faturamento mensal seja menor”, afirma.

Minas Gerais é o terceiro Estado que mais formaliza Microempreendedores Individuais (MEI), ficando atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro, com 1,5 milhão de microempreendedores, o que equivale a 10% do total de MEI do Brasil.

“Este fato serve para estimular esses empreendedores a legalizarem os seus negócios, porque dessa forma eles passam a se ver realmente como empresários”, afirma a gestora da Área de Relacionamento com Clientes do Sebrae, Beatriz Nascimento.

Dessa forma, procuram buscar também melhor negociação, uma vez que têm o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) aberto, conseguem melhor preço, ter a empresa legalizada e passar segurança e credibilidade para o cliente, ressalta Beatriz.
 
NECESSIDADE X OPORTUNIDADE
O alto número de negócios em Montes Claros, que contabiliza 30.404 MEI, é, para Beatriz, uma consequência do resultado pós-pandemia. Ela acredita que muitos empreendem por necessidade e outros por oportunidade.

“Neste período pandêmi-co houve um número elevado de formalizações por MEI, por que muitas empresas fecharam e o número de demissões foi muito grande. A taxa de desemprego cresceu, o que levou esses funcionários que trabalhavam a se virar, quase obrigados a procurar uma forma de empreender”, avalia a gestora.

Dados do Sebrae apontam que de cada 100 MEI, 82 tiveram queda no faturamento durante a pandemia. Entre as micro e pequenas empresas (MPE) a queda foi de 74%.

Outra mudança foi a venda on-line: sete em cada dez empreendedores passaram a comercializar seus produtos pela internet, meio que registrou alta no faturamento.

*Com Agência Brasil e Larissa Durães

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