agronegócio

Seapa divulga prazo para vacinação contra brucelose

Criadores têm até dia 31 de julho para vacinarem bezerras em Minas Gerais

Da Agência Minas
Publicado em 24/07/2024 às 19:00.
Medidas como a vacinação contra brucelose garantem que o leite e seus derivados, como os queijos artesanais, tenham mais segurança alimentar (Rayana Brito)

Medidas como a vacinação contra brucelose garantem que o leite e seus derivados, como os queijos artesanais, tenham mais segurança alimentar (Rayana Brito)

Os produtores rurais mineiros têm até o dia 31 de julho para imunizar suas bezerras de três a oito meses, e até o dia 10 de agosto para declarar a vacinação desses animais no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A vacinação é a forma mais eficiente de prevenir a brucelose, evitando problemas de saúde pública e danos à economia do estado. A brucelose é uma zoonose que pode ser transmitida aos seres humanos por meio do consumo de leite não pasteurizado de animais infectados.

Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, com mais de 9 bilhões de litros anuais, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), razão pela qual o Governo do Estado é rigoroso com os cuidados sanitários dessa produção.

Até o momento, o estado registrou a imunização de pouco mais de 1 milhão de fêmeas bovinas e bubalinas contra brucelose, equivalendo a 45,3% da população desses animais com idade entre 0 e 12 meses no estado. A meta, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é ter um índice vacinal de 80% de todo o rebanho elegível para a vacinação no estado.

O cuidado com a produção leiteira em Minas torna-se ainda mais importante ao considerar o fato de o estado ser reconhecido pela produção de queijos artesanais de Minas, produzidos a partir de leite cru (não pasteurizado). Hoje, há 151 queijarias artesanais registradas junto ao IMA, sendo este um dos produtos mais celebrados atualmente.

“A brucelose é causada pela bactéria Brucella abortus, que pode se alojar nas glândulas mamárias e no aparelho reprodutivo das fêmeas doentes. Dessa forma, se uma pessoa tiver contato com restos placentários, fetos abortados, secreções no parto ou pós-parto, ou mesmo ingerir leite crus e seus derivados não submetidos ao tratamento térmico, poderá contrair a doença”, explica Luciana Oliveira, coordenadora do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) em Minas Gerais.
 
VACINAÇÃO DEVE SER REALIZADA POR PROFISSIONAL CADASTRADO
O manejo inadequado ou sem o uso de equipamentos de proteção individual durante a aplicação da vacina contra a brucelose também representa um risco, já que a vacina contém a bactéria atenuada, o que os profissionais da área chamam de “vacina viva”.

Essa é uma das razões pelas quais essa vacinação só deve ser realizada por profissionais cadastrados no IMA, tanto médicos veterinários, quanto vacinadores sob responsabilidade desses profissionais.

Existem duas categorias de profissionais dentro do PNCEBT: os cadastrados, que atuam na vacinação contra brucelose, e os habilitados, que atuam na realização de testes de diagnóstico de brucelose e tuberculose. Um profissional cadastrado para vacinação não pode realizar exames diagnósticos, da mesma forma que um profissional habilitado para exames não pode aplicar vacinas. Para atuar em ambas as áreas, é necessário estar cadastrado no IMA e possuir habilitação no PNCEBT de Minas Gerais, emitida pelo Mapa.

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