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Domingo,24 de Novembro
Poderia ser melhor

Saldo de empregos de MOC fica abaixo da média estadual e nacional

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 30/04/2024 às 21:26.

De acordo com o Boletim Informativo do Mercado de Trabalho Formal de Montes Claros, os segmentos mais promissores em termos de emprego na localidade incluem a construção civil, com 111 vagas, e, sobretudo, os serviços, com um total de 398 oportunidades (LARISSA DURÃES)

Em março deste ano, Montes Claros registrou 4.653 admissões e 4.497 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 156 postos de trabalho no município, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Segundo análises da prefeitura, nos últimos 12 meses, ocorreram 47.325 contratações e 44.295 demissões, resultando em um crescimento líquido de 3.030 postos de trabalho, equivalente a uma média de mais de 252 novas vagas mensais.

No entanto, o crescimento do emprego na cidade está abaixo da média estadual e nacional, devido ao desligamento de trabalhadores, especialmente na indústria (-251). O professor do mestrado em desenvolvimento econômico e coordenador do Observatório do Trabalho do Norte de Minas, da Unimontes, Roney Sindeaux, explica que Montes Claros tem tido sim crescimento no emprego, mas poderia ser melhor. 

“Dizer que 156 empregos é um número bom, eu estaria mentindo, não é para o tamanho do mercado. Mas se você for olhar no movimento de fevereiro (118), você vai verificar, que foi o melhor resultado para a série desde que a gente acompanha em 2016. Ele só foi pior do que 2019, 2021 e 2022. Então, não é um resultado ruim comparativamente. Então, foi melhor do que 2017, 2018, 2020 e 2016. Então, esse é que é o ponto que a gente olha. Agora, que é um volume bom de contratações, não é”, explica Sindeaux.

Em março, Minas Gerais registrou 258.452 admissões e 217.656 desligamentos, com saldo de 40.796, segundo o Novo Caged. Nos últimos cinco anos, o estado gerou cerca de 800 mil postos de trabalho formais, sendo mais de 193,5 mil provenientes de parcerias entre o governo e empresas privadas. 

Bianca da Paz Silva, auxiliar de escritório, há um mês teve a carteira assinada. “Entrei na instituição com estágio e tive a oportunidade de continuar tendo a minha carteira assinada. Foi algo de bastante evolução, porque é algo que está me ajudando, tanto financeiramente quanto no meu crescimento profissional”, relata. Para crescer ainda mais dentro do emprego e na profissão, Bianca conta que está procurando conhecimento. “Estou fazendo um curso técnico em administração. Eu tenho um curso que é em administração, mas é, na prática, que estou aprendendo bastante e pretendo aperfeiçoar ainda mais”, diz orgulhosa.

DOIS LADOS DA MOEDA
O professor destaca que a escolha entre ser empregado ou empreendedor envolve diversas considerações, especialmente quanto às garantias oferecidas; pois “enquanto os autônomos têm liberdade ao abrir um negócio, os empregados com carteira assinada desfrutam de mais proteções legais e estabilidade no emprego, embora possam ter salários menores. É fundamental considerar a legalidade da atividade e do contrato para evitar problemas futuros para ambas as partes envolvidas”, diz.

Ele destaca a importância do pagamento do INSS para os trabalhadores autônomos e informais, enfatizando que a falta de contribuição pode gerar dificuldades para receber aposentadoria no futuro, prejudicando tanto o trabalhador quanto o sistema previdenciário. “Mesmo em relações informais, como prestação esporádica de serviços ou trabalho via empresa, ou MEI, é crucial que o trabalhador reconheça a necessidade de contribuir para o INSS para garantir sua segurança previdenciária futura”, informa. 

No entanto, nem todos compartilham dessa preocupação. É o caso da vendedora autônoma Stéfane Francisco Martins, que escolheu trabalhar por conta própria em vez de uma loja devido às oportunidades que surgiram. “As coisas foram acontecendo, percebi ter habilidade para vendas e decidi arriscar. Fui persistente e as coisas deram certo. Trabalho assim desde o início da pandemia”, relata. 

Ela admite não contribuir para o INSS, pois nunca considerou sua importância. “Nunca parei para pensar sobre isso. Às vezes, imaginamos que a aposentadoria está longe, mas na realidade está mais próxima do que pensamos”, diz ela. “Um dia vou ter que parar para pensar sobre o assunto e tomar providências a respeito”, conclui.

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