economia

Projeto ‘Trajeto Moda’ contempla cidades da região

Brasília de Minas, Pirapora, Santa Fé de Minas, São Francisco e Januária foram selecionadas

Larissa Durães*
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 03/02/2025 às 19:00.
Irene Rosa acredita que o projeto tem o potencial de transformar vidas de mulheres vulneráveis (Divulgação)
Irene Rosa acredita que o projeto tem o potencial de transformar vidas de mulheres vulneráveis (Divulgação)

O Governo de Minas expandirá, em 2025, o projeto Trajeto Moda, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese), que qualifica mulheres em vulnerabilidade. A iniciativa beneficiará 765 mulheres em 51 municípios, incluindo cidades do Norte de Minas, como Brasília de Minas, Pirapora, Santa Fé de Minas, São Francisco e Januária. Criado em 2021, o programa capacita, principalmente, vítimas de violência doméstica e mães solo, nas áreas de moda, costura, empreendedorismo e educação financeira. Com R$ 17 milhões investidos, a meta é atender 1.341 mulheres em 92 cidades até 2026.

Irene Rosa do Nascimento, trabalhadora rural de Taiobeiras, participou do projeto Trajeto Moda para aprender costura, mas a falta de máquinas adequadas impede que a capacitação gere ganhos financeiros. “O projeto tem potencial para transformar a vida de muitas mulheres em situação de vulnerabilidade. Mas tenho dificuldade de ter acesso a crédito para a compra de maquinário novo e isso limita minhas possibilidades de crescimento”, relata.

Mesmo sem estrutura adequada, ela já consegue alguma renda com pequenos ajustes de costuras. “As pessoas não costumam mandar muito serviço para a gente. O lucro é pouco, mas já é alguma coisa”, relatou. Se tivesse uma máquina nova, Irene acredita que poderia alavancar sua produção. “Eu ia conseguir, sim. O que está faltando são as máquinas. A minha é daquelas de pé, bem antiga”, destacou.

“O propósito do projeto é promover a transformação pessoal e profissional dessas mulheres, oferecendo qualificação no ofício da costura e incentivando o empreendedorismo. A partir desse aprendizado, trabalhamos o empoderamento feminino, possibilitando geração de renda e inserção no mercado”, explicou Amanda Siqueira Carvalho, diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho e Emprego e gestora do projeto.

Amanda informou que a escolha dos municípios é baseada nos recursos e no interesse das prefeituras. E que, em 2024, R$ 17 milhões foram investidos na ampliação do projeto, com R$ 2,07 milhões destinados à compra de 1.083 máquinas de costura para 76 municípios e R$ 15 milhões para qualificações e assessoramento técnico em 92 municípios.

“Cada prefeitura parceira estrutura uma célula produtiva, onde as participantes trabalham em conjunto na produção de peças. Isso possibilita a comercialização dos produtos, gerando renda e ampliando oportunidades no mercado da moda”, explicou a gestora.

A seleção das participantes é feita pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), que identificam mulheres inscritas no CadÚnico e em situação de vulnerabilidade. “O processo prioriza quem não tem conhecimento em costura, mas também inclui mulheres com experiência básica e avançada, garantindo continuidade ao aprendizado mesmo em caso de desistências”, detalhou Amanda.

*Com informações da Agência Minas

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