agronegócio

Produção sustentável no Semiárido é tema de encontro técnico

Durante o evento, pesquisadores mostraram pesquisas voltadas a aprimorar a pecuária regional

Da Redação
Publicado em 11/07/2025 às 19:00.
Cerca de 90 participantes se reuniram na Expomontes para discutir práticas (Divulgação)
Cerca de 90 participantes se reuniram na Expomontes para discutir práticas (Divulgação)

Cerca de 90 participantes se reuniram, durante a Expomontes, com o foco de discutir práticas e pesquisas que ajudam a tornar a produção mais eficiente, sustentável e compatível com as condições da região semiárida. O encontro, promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, contou com apresentações de pesquisadores de instituições parceiras que desenvolvem estudos voltados para pastagens e forragicultura no norte de Minas. 

Alenilda Carvalho de Novais, supervisora do Projeto Forrageiras para o Semiárido, apresentou os dados da pesquisa, com recortes voltados à alimentação de gado de leite e de corte. “Nesta fase, a pesquisa traz para pecuária de leite e corte a temática de pecuária sustentável através de sistemas produtivos, onde é possível combinar espécies forrageiras resistentes e resilientes as condições de pastejo em regime de sequeiro para regiões semiáridas, onde o desafio é produzir carne e leite, otimizando os recursos da propriedade de maneira a tornar a atividade mais rentável e segura” esclarece.

O presidente do Sindicato, Alexandre Rocha, destacou que “o Semiárido tem seus limites, mas também um enorme potencial. A pesquisa é a ponte entre a realidade do campo e o avanço que o produtor precisa. Trazer esse conhecimento pra perto é o que vai garantir competitividade com responsabilidade”.

No encontro, professores e pesquisadores apresentaram estudos para otimizar a pecuária no Norte de Minas: Edson Porto (Unimontes) sobre pastagens no semiárido, Leidy Rufino (Epamig Norte) em forragicultura e Thiago Braz (UFMG) focando em experimentos de pastagens. 

A responsável técnica pela Unidade de Referência Tecnológica (URT) de Montes Claros, Inez Silva, reforçou a importância e a trajetória do projeto Forrageiras para o Semiárido. “A gente começou esse trabalho em 2017, primeiro avaliando quais seriam as forrageiras que se adaptavam melhor se adaptariam ao nosso clima e solo. Depois, passamos a estudar o desempenho dessas espécies mais adaptadas em condições reais de pastejo, cujos resultados estão sendo divulgados de forma preliminar e com expectativa de finalização em maio de 2026. É um projeto de longo prazo, mas que vem gerando respostas práticas para o dia a dia do produtor”. 

O projeto Forrageiras para o Semiárido, do Instituto CNA em parceria com a Embrapa e outras instituições, visa identificar e validar forrageiras eficientes para o clima semiárido, oferecendo alternativas viáveis para alimentação do gado. Testes são realizados em Unidades de Referência Tecnológica nas propriedades rurais, com monitoramento técnico constante.

Segundo a assessora técnica do Instituto CNA, Marina Zimmermann, “a segunda fase do projeto Forrageiras com a Embrapa encontra-se em fase final de execução e de transferência de conhecimento aos produtores rurais. Uma nova fase está sendo desenhada para incluir inovações nos capins e na palma forrageira”. 

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