No último mês de agosto, segundo os dados analisados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio-MG) revelou que a Região Norte de Minas registrou um notável crescimento de 10% nas contratações em comparação com o mês de julho. Uma análise desses números aponta para a predominância de contratações tradicionais, as quais representaram 74,1% das vagas preenchidas.

Dentre os setores, o segmento de serviços se destacou com 470 vagas, seguido pelo comércio, que preencheu 320 vagas. As atividades de teleatendimento, comércio varejista de mercadorias em geral (com foco em produtos alimentícios, como supermercados), serviços combinados de escritório e apoio administrativo, e serviços combinados para apoio a edifícios (exceto condomínios prediais) e Ensino Fundamental se sobressaíram na geração de empregos. No entanto, a construção civil teve um desempenho negativo, registrando uma queda de 268 vagas em agosto na região. Além disso, as contratações desse mês se caracterizaram pelo aumento significativo de profissionais, do sexo feminino, com 56% das vagas destinadas a mulheres e 44% a homens.

Uma delas foi Grazielle Souza, de 33 anos, publicitária que estava empregada, mas acabou sendo demitida e, em menos de dois meses, conseguiu outro trabalho em agosto deste ano. “Estou trabalhando novamente e com carteira assinada. Foi bem rápido, tanto que antes desse com a carteira, já tinha conseguido outro emprego, mas optei por este por estar na minha área”, diz.

No total, a região contabilizou um saldo positivo de 464 empregos líquidos no grupo dos 89 municípios em agosto, fruto das admissões menos demissões. O salário médio fixo da região foi de R$ 1.595,15, ficando abaixo da média estadual de R$ 1.896,51 no mesmo período.
 
BONS ÍNDICES
A Região Norte de Minas, no entanto, mantém-se como uma das melhores em termos de volume de empregos desde janeiro de 2020. Esse crescimento reflete o aumento de 20% na força de trabalho nos 89 municípios, e, ao longo dos meses, um total de 33.424 postos de trabalho foi criado na região.

Quem celebra esses resultados positivos é Glenn Andrade, presidente do Sindcomércio Montes Claros, filiado à Fecomércio-MG. Ele enfatiza que o crescimento acima da média em comparação com outras regiões do estado reflete o investimento crescente em novos negócios em Montes Claros e região. “O fato dos empresários locais e os de fora também investirem cada vez mais em Montes Claros e região, está sendo o que está conferindo notoriedade ao norte de Minas Gerais, uma vez que Montes Claros é uma cidade polo regional e que está fazendo com que aja esta expansão”. Glenn acredita que daqui pra frente as coisas vão melhorar ainda mais, “já que estamos entrando no período que vai de outubro a dezembro, chamado de super-trimestre onde as empresas contratam mais”, avisa.

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