Com foco na reafir-mação das potencialidades da região, o evento “Vem Pra Minas”, do Governo do Estado, chegou a Montes Claros nesta terça-feira (8) por meio de representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sudene e Invest Minas (antigo Indi)

A secretária adjunta da pasta, Kathleen Garcia , em entrevista ao O NORTE, destacou que o momento é de criar oportunidades e atrair empresas que queiram fazer investimentos na região. 

“Com isso fortalecemos todo o setor produtivo”, afirmou a secretaria pontuando que desde 2019 foram investidos 46,9 bilhões em 49 projetos para 17 municípios, com atração de empregos nos setores de agronegócio, energias renováveis, infraestrutura e mineração. 

“Com a atração das grandes empresas, vem outros fornecedores completando essa cadeia. Se a gente não favorece as cadeias para facilitar a vida dessas empresas, e este processo fica complicado, tende a não permanecerem. A ideia é melhorar o ambiente de negócios com a parte da infraestrutura e da educação, que cabe ao poder público, para que possam continuar esse movimento”, reforçou. 

Em relação a investimentos previstos, a secretaria informou que há negociações em andamento, mas nada fechado.

“O Norte de Minas tem vocação na área de saúde, alimentos, muita vocação para desenvolvimento e expectativa de trazer outros investimentos”. 

Wilson Almeida, diretor de Gestão de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene disse que o órgão levou ao evento “informação ao empresário sobre como melhorar suas empresas, com captação de incentivos baseado no Imposto de Renda e fundos constitucionais para desenvolver grandes projetos”.  
 
R$ 16 BILHÕES 
Além disso, anunciou o total de investimentos rpevistos para a região. 

“Para o ano que vem, são R$ 16 bilhões para investir e é possível fazer projetos”, declarou. 

Adauto Marques, diretor da Fiemg Regional Norte participou do encontro e destacou que o papel da instituição é gerar desenvolvimento e reindustrializar o país. 

“A pandemia mostrou o quanto a indústria é importante para isso em qualquer nação. As diretrizes do presidente Flávio Roscoe é desenvolver o Estado como um todo. Algumas empresas ja foram visitadas pela Sudene e o setor de prospecção de investimentos continua com o radar ligado”, afirmou Adauto, sem nomear indústrias, mas, sugerindo que a cidade pode se consolidar de vez como polo farmacêutico.

Também há fechamento

No momento em que Minas sinaliza investimento para a região, a multinacional americana Elster Honeywell, no Distrito Industrial de Montes Claros comunica o encerramento das atividades. A empresa fabrica hidrômetros e tem cerca de 400 funcionários na cidade. 

O motivo alegado é a insegurança e receio devido às incertezas do mercado financeiro. 

“A Honeywell opera no Brasil há mais de 60 anos e está sempre em busca de novas oportunidades e possibilidades de entregar soluções que atendam às necessidades da população onde desenvolvemos nossos negócios. Nos últimos meses, temos estudado e aplicado modificações em nosso formato de trabalho para nos adequarmos à nova realidade do mercado, refletida pelo contexto da pandemia de Covid-19e condições econômicas (alto custo de matérias primas, inflação etc). Com este cenário, a Honeywell tomou a decisão de descontinuar a produção e os respectivos produtos, de medidores de água no Brasil e, como consequência, a unidade de Montes Claros-MG terá suas atividades encerradas a partir de 3 de novembro de 2022”, diz o comunicado.
 
O QUE DIZ O GOVERNO
Procurado, o Governo preferiu não se pronunciou por considerar se tratar de “decisão privada”. 

POSICIONAMENTO HONEYWELL
A Honeywell decidiu descontinuar a produção de medidores de água no Brasil e encerrar as atividades da sua unidade de Montes Claros, em Minas Gerais. A empresa agradece o trabalho e a dedicação de todos os seus colaboradores e está oferecendo um pacote de benefícios e assistência de recolocação para apoiar os funcionários afetados.

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