No próximo domingo (31), celebraremos a Páscoa, uma das datas mais significativas para o comércio. A semana que antecede esse feriado geralmente é agitada, com muitas pessoas adquirindo presentes e itens para suas celebrações pessoais e em família. No entanto, de acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em colaboração com a Offerwise Pesquisas, este ano traz uma expectativa atípica para o comércio pascoal, com uma previsão de menos consumidores em comparação com o ano anterior. 

A pesquisa revela que 65% dos consumidores têm a intenção de fazer compras para a Páscoa em 2024, o que equivale a aproximadamente 106,6 milhões de pessoas, refletindo uma queda nominal de 4,1 milhões em relação ao ano anterior. Indo em contramão da realidade nacional, “em Monte Claros, temos observado uma movimentação boa e pelos anos anteriores a gente está estimando um aumento entre 4% nos volumes das vendas com relação ao ano passado”, comenta Hernandes Ferreira, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Montes Claros (CDL).

Entre os motivos citados pelos consumidores que não planejam comprar chocolates este ano, 30% estão endividados e priorizarão o pagamento de dívidas, 25% estão desempregados e 22% não têm o hábito de comprar presentes e chocolates para a Páscoa. Os filhos (60%) serão os principais beneficiários dos presentes, seguidos pelos cônjuges (41%), mães (38%), sobrinhos (30%) e os próprios entrevistados (27%).

Em média, os consumidores planejam gastar um total de R$237 com as compras de Páscoa, sendo o valor mais alto registrado entre as classes A e B, com uma média de R$295 e planejam adquirir cerca de cinco produtos. “Mas em Montes Claros, o ticket médio vai ficar em torno de R$ 100 a R$ 150, dependendo da faixa de classe”, informa Ferreira.
 
ATRATIVOS
Para a microempresária, Denise Souto, a expectativa é que os ovos acabem até a próxima quinta-feira (28). “No máximo, sobrar alguma coisa para o sábado (30), porque sexta-feira (29) é ‘Sexta-Feira da Paixão’ e eu não abro”, avisa. 

Ela explica que a franquia é responsável por realizar promoções para atrair mais clientes. Segundo ela, as promoções são planejadas com base no desempenho das outras lojas, e são implementadas conforme necessário, após uma análise do movimento de vendas. “Decidimos adotar uma abordagem diferente este ano devido à necessidade de evitar promoções excessivas, o que afetaria nossa margem de lucro. Optamos por fazer um pedido antecipado para a fábrica, mas reduzimos a quantidade em cerca de 20% em comparação ao ano passado. Isso nos permitirá evitar a necessidade de promoções. Acreditamos que a franquia também seguirá essa estratégia, já que a maioria dos franqueados compartilha da mesma visão. Os preços permaneceram inalterados em relação ao ano passado, e os produtos estão excelentes, o que tem estimulado as pessoas a se anteciparem em suas compras”, conta a microempresária. 
 
DEMANDAS
Os consumidores que procurarão ovos de chocolate industrializados (53%) e bombons (48%), seguidos por ovos caseiros (41%), barras de chocolate industrializadas (32%), e bombons, e barras caseiros (31%). Dos que comprarão ovos industrializados, 60% escolherão para crianças e adultos, 24% apenas para adultos, e 14% apenas para crianças.

Para a empresária e confeiteira, Léa Márcia Jesus Nobre, é muito importante criar e reinventar. “Fazemos ovos de páscoa desde do ano 2000. Todos os anos criando e reinventando para ter destaque no mercado”, conta.

Além dos tradicionais ovos de Páscoa, a microempresária comenta que criou outros tipos de produtos para atender várias demandas. “Criamos cestas de chocolate, ovos de colher e o nosso famoso Kit Caça aos ovos, produto que a criançada ama brincar no domingo de páscoa e as mamães amam a praticidade que entregamos também”, destaca. “Esperamos superar o ano passado! Nossa meta é sempre crescer no mínimo 15% do faturamento anterior”, finaliza.

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