Boas no negócio e na internet

Mulheres são maioria no uso de redes sociais e novas formas de pagamento para alavancar as vendas

Larissa Durães
O NORTE
Publicado em 08/03/2022 às 09:54.
Mulheres são maioria no uso de redes sociais e novas formas de pagamento para alavancar as vendas

Mulheres são maioria no uso de redes sociais e novas formas de pagamento para alavancar as vendas

As mulheres largam na frente em termos de tecnologia, é o que mostra uma pesquisa do Sebrae com quase 7 mil donos de pequenos negócios no país. De acordo com o estudo, 79% das empreendedoras utilizam as redes sociais enquanto 70% dos homens investem nesses canais. Elas estão em maior número no WhatsApp (86% das mulheres contra 83% dos homens), Instagram (58%/46%) e Facebook (43%/41%). Ainda segundo o levantamento, as donas de pequenos negócios (89%) têm aceitado mais o PIX como forma de pagamento do que os empreendedores do sexo oposto (84%).

Para quem vende produtos nas redes sociais - como é o caso de Elisa Colombo e da sócia, que para aumentar a renda decidiram abrir uma loja de semijoias, em fevereiro de 2021 - as redes são fundamentais. 

“Se não fosse o Instagram, o Facebook e o WhatsApp, não teria aberto uma loja, mesmo que virtual, porque a loja física traz muitos custos”, diz. 

Elisa entende que o trabalho é de “formiguinha”, mas se diz satisfeita. “Nossa loja está indo bem, porém, como não temos ainda muita clientela, não estamos com o rendimento esperado, mas as vendas estão aumentando cada dia mais”. 

A respeito das vendas, ela explica sobre a limitação de expandir para fora da cidade. “A gente ainda não consegue arcar com os fretes, então acaba que nossa clientela é da cidade”. Para ela, se não existisse a facilidade das redes e do fato de ser baixo o custo, não teria aberto o negócio. “Seria impossível ter uma loja de semijoias. A internet ajuda a gente a sonhar”, explica. 

Prestadoras de serviço também usam as redes sociais. Caso da doula Laíza Coelho que, para não perder clientes na pandemia, teve que se reinventar nas redes sociais. 

“Como ficamos todos impossibilitados de sair e de realizar nossos serviços, criei na internet o meu perfil, e por lá comecei a dar algumas orientações, produzindo conteúdos sobre os meus serviços para as gestantes”. 

Além disto, Laíza aproveitou o alcance das redes e ampliou os serviços, também através de consultorias. “As consultorias são on-line. Há dois tipos: ao vivo, que sou eu com a gestante, e em videochamada faço as orientações com a mulher, ou também a gestante pode acessar um vídeo que já tenho gravado, e depois esclareço dúvidas”. 

O pacote completo da doulagem, que prepara a gestante durante a gestação até o pós-parto, Laíza cobra R$ 587. As consultorias individuais com temas diversos variam de R$ 97 a R$ 180.

“Estou tendo muita procura, porque está aumentando a consciência da mulher de viver esse momento da melhor forma possível, se protegendo de uma violência obstétrica, buscando uma fonte de informação que seja segura, além do fato de que a própria Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde estão incentivando as mulheres a procurarem uma doula. Isso ajuda muito o meu trabalho”.

O serviço ofertado em redes sociais permitiu ter clientes espalhadas pelo Brasil. “Se não fosse o virtual, não estaria trabalhando com pessoas de outras cidades, como Campinas, São Paulo, Uberlândia, Araguari... e essas são as atuais, porque já passaram um pouquinho do Brasil nas minhas redes”.

Laíza explica que quando percebeu este fato, procurou mais informações para aperfeiçoar o uso nas redes. “Comprei um curso de formação para aperfeiçoamento de conteúdo na internet para intender como funciona, e pensar estrategicamente como colocar o meu negócio na internet, além de fazer curso, em 2019, no Sebrae da cidade”. 

Para Laíza, depois que passou a ofertar os seus serviços nas redes, ela obteve poucos gastos e muito retorno. 

“O gasto é bem menor do que o presencial, e o retorno é bem maior também”, diz, satisfeita. 

Mulheres empreendedoras usam mais as redes sociais e novas formas de pagamento para alavancar as vendas do que os homens 

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