
Apesar de uma leve retração no número de consumidores, com 35% dos consumidores com contas em atraso, o Dia dos Pais 2025 deve manter sua força como uma das datas mais estratégicas para o varejo em Minas Gerais. Segundo pesquisa da Fecomércio MG, 55,2% das empresas impactadas pela data esperam aumento nas vendas em relação a 2024. O otimismo é impulsionado por 68,5% dos empresários, dos quais 47,6% preveem crescimento de até 20% no faturamento.
Os produtos mais procurados para o Dia dos Pais são roupas, kits, calçados e carnes, com a comemoração ocorrendo principalmente em casa. As empresas usam promoções e redes sociais para atrair clientes. A maioria dos consumidores (76%) prefere compras físicas, especialmente em shoppings (31%) e lojas de departamento (18%), mas 43% também comprarão online, principalmente por aplicativos (70%) e sites (65%). No comércio digital, 65,4% dos negócios vendem online, destacando-se o WhatsApp (95,5%) e o Instagram (39,5%).
De acordo com Fernando Queiroz, assessor de comunicação do Sindcomércio, cerca de 70% dos empresários locais estão confiantes, reflexo do bom desempenho registrado em outras datas comemorativas. “Apesar do tarifaço, por ter começado hoje, ele não incidiu sobre as mercadorias compradas para o Dia dos Pais. Isso pode ter influência para as próximas datas, se não resolvido”, alertou.
Em relação à cidade, Queiroz garante que o cenário acompanha o otimismo estadual. Para ele, os lojistas locais estão investindo no apelo emocional da data, intensificando campanhas nas redes sociais e promovendo a queima de estoque da coleção de inverno. “Por mais que o inverno vá terminar em setembro, o frio normalmente na nossa região termina em agosto. Então, esse fundo de estoque vai ser escoado utilizando promoções para o Dia dos Pais, justamente para a capitalização e aquisição da nova coleção”, explicou.
A estimativa é de um crescimento nas vendas entre 7% e 10% em relação ao ano anterior. “Mesmo que tímida, essa movimentação comercial deve gerar bons resultados, por se tratar de uma data comemorativa na primeira quinzena do mês, o que normalmente tem impacto positivo no consumo”, disse o assessor, que destacou ainda o tíquete médio previsto de até R$ 200 e o cartão de crédito deve ser a forma de pagamento mais utilizada pelos consumidores montes-clarenses.
Segundo ele, a data movimenta cerca de 75% do setor de comércio varejista, com destaque para segmentos como alimentos, perfumaria, vestuário, eletroeletrônicos, calçados e até automotivo.
A autônoma Stéfane Francisco Martins é exemplo desse comportamento de consumo. Ela pretende presentear o pai com roupas. “Porque geralmente é o que ele calça ou usa, sim. O homem é mais complicadinho, então é coisa que sei que vai usar”, afirmou. Para ela, itens como relógios ou sapatos não são prioridades. “Os homens não são como mulheres que dizem assim, quanto mais, melhor.”
Na hora de pagar, Stéfane considera as promoções. “Gosto de ir à loja, olhar para ver se vai ficar bom nele. Aí, chegando lá, depende do que é ofertado. Às vezes, se tem um desconto, eu compro no Pix. Se não compensar, compro no cartão.” Mais do que o preço, ela valoriza o gesto: “É para o meu pai. Se eu gostar, eu compro”, afirmou.