economia

Montes-clarenses reclamam do aumento do preço da gasolina e do diesel

Leonardo Queiroz*
leonardoqueiroz.onorte@gmail.com
Publicado em 02/02/2024 às 20:45.
O condutor Wanderlei Coutinho expressa sua insatisfação, afirmando que a contínua elevação nos custos de vida tornou-se uma verdadeira luta (Larissa Durães)

O condutor Wanderlei Coutinho expressa sua insatisfação, afirmando que a contínua elevação nos custos de vida tornou-se uma verdadeira luta (Larissa Durães)

Desde a última quinta-feira (1°) abastecer o veículo e cozinhar ficaram mais caros. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo cobrado pelos estados, subiu para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha.

O empresário de Montes Claros, Hélio Augusto Martins, explica que não há nada a fazer — “Infelizmente, nós, brasileiros, não podemos fazer nada em relação a isso. Infelizmente, como se trata de um monopólio do governo, a gente não pode fazer nada. Se fosse privatizado isso de fato e não de história, a gente talvez pudesse ser um pouco mais privilegiado. Mas no Brasil quem dita as regras é o governo e a gente está à mercê deles, independente do que a gente pense”, lamenta. 

O aumento, aprovado em outubro pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda, reflete a decisão de vários estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita. Na maior parte dos casos, os estados elevaram as alíquotas gerais de 18% para 20%. Como os combustíveis seguem um sistema diferente de tributação, os reajustes serão com valores fixos em centavos.

O motorista Wanderlei Coutinho reclama que o aumento constante na vida se tornou uma verdadeira batalha — “Eles falam que os impostos do governo federal baixaram, o governo do estado parece que baixa a parte dele, e aí depois volta a subir de novo. Acho que deviam entrar num bom senso entre o governo federal e o estadual, taxar o imposto e deixar a gasolina em preço básico. Desde criança que ouço sobre essa briga do aumenta e abaixa então no final eles brigam lá e quem paga a conta somos nós”, relata Coutinho. 
 
AUMENTOS
Até a última quarta-feira (31), as alíquotas eram de R$ 1,22 por litro para a gasolina, R$ 0,9456 por litro para o diesel e R$ 16,27 por botijão de 13 kg para o gás de cozinha. Com o reajuste, os novos valores passaram para R$ 1,3721 por litro para a gasolina, R$ 1,0635 por litro para o diesel e R$ 18,38 por botijão de 13 kg para o gás de cozinha.

Considerando o preço médio calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina aumentou para R$ 5,71, em média. No caso do diesel, o valor médio do litro subiu para R$ 5,95 (diesel normal) e ultrapassou R$ 6 para o diesel S-10, que possui menor teor de enxofre.

Com um acréscimo de R$ 0,15, a gasolina atingiu, em média, R$ 5,71, considerando o preço médio do produto com base na pesquisa de preços da ANP. O óleo diesel teve um aumento médio de R$ 0,12, podendo chegar a uma média de R$ 5,95, enquanto o Diesel S-10 pode ultrapassar os R$ 6,00 por litro, em média.

No caso do gás de cozinha, o preço médio do botijão de 13 quilos subiu, em média, de R$ 100,98 para R$ 103,60.
 
GÁS NATURAL
Na última quinta-feira (1), a Petrobrás anunciou a redução do preço do gás natural vendido pela estatal às distribuidoras em 2%, em média. Segundo a empresa, os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais dos preços do produto.

Para o novo trimestre que começou nesta quinta-feira, de acordo com a Petrobras, as referências foram uma queda de 3,6% do petróleo e uma depreciação de 1,5% do real frente ao dólar.

Ainda segundo a Petrobras, as distribuidoras com contratos vigentes em 2023 perceberam uma redução de 22,2% ao longo do ano.

“A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais”, informa nota divulgada pela empresa.

A redução não se refere ao preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), ou seja o gás de cozinha, que é envasado em botijões.

*Com informações da Agência Brasil

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